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A Tarde (BA)

Primeiros dinossauros surgiram na América Latina, aponta estudo

Publicado em 13 dezembro 2009

Um fóssil descoberto no Novo México, nos Estados Unidos, que pertence ao grupo dos terópodes- do qual fazem parte o tiranossauro e o velocirraptor - indica que os primeiros dinossauros surgiram na atual América do Sul, de onde se dispersaram pelo mundo.

Comparado com os registros fósseis do Jurássico e do Cretáceo, o retrato da vida dos dinossauros no Triássico Superior não traz a mesma clareza. Sabe-se que os dinossauros se dividiram, nesse último período, em três grupos principais - terópodes, sauropo-do-morfos e ornitisquiamas os fósseis são raros e, quando encontrados, incompletos.

Sterling Nesbitt, da Divisão de Paleontologia do Museu Americano de História Natural, em Nova Iorque, e colegas descrevem em artigo publicado na revista Science, esqueletos quase completos de um dinossauro terópode do Triássico Superior.

Os cientistas deram à espécie, que viveu há cerca de 214 milhões de anos, o nome de Tawa hallae. O nome reúne a palavra em hopi (língua de povo indígena norte-americano) para o deus do sol (Tawa) com uma homenagem à paleontóloga amadora Ruth Hall, mulher de Jim Hall, fundador do Ghost Ranch, sítio em que os fósseis foram encontrados.

O dinossauro era carnívoro e media cerca de dois metros de comprimento e 70 centímetros de altura. Tinha uma mistura de características de espécies que vieram tanto antes como depois. Com os predecessores, compartilhava o formato de sua pelve, por exemplo.

A semelhança da pelve com o anterior herrerassauro, encontrado na Argentina, foi destacada pelos cientistas, uma vez que essa espécie tem sido muito discutida desde que foi encontrada, na década de 1960.0 estudo.afirma que as características que o herrerassauro compartilha com o Tawa hallae comprovam que o primeiro era também um terópode. O que reforça a teoria da origem sul-americana.

 

Livre do medo sem usar drogas

Bloquear a manifestação de memórias de medo por meio de um método não-invasivo e que não se baseia no uso de drogas. A novidade, que poderá ter implicações importantes no tratamento de problemas relacionados ao medo, acaba de ser demonstrada em artigo na edição da revista Nature. Estudos anteriores demonstraram como bloquear tais memórias, mas envolviam o uso de compostos tóxicos e duravam apenas alguns dias.

No novo método, Elizabeth Phelps, da Universidade de Nova Iorque, e colegas evitaram o uso de drogas ao se basear na fase conhecida como "reconsolidação" da memória, na qual memórias antigas podem passar por mudanças.

Após treinar voluntários a sentir medo de certos estímulos visuais, os pesquisadores apresentaram uma nova informação "segura" ao mesmo tempo em que reativavam as memórias de medo. Ao fazer isso, eles conseguiram "reescrever" os pensamentos negativos associados com os estímulos.

Resultados

Os efeitos da intervenção duraram cerca de um ano e aparentemente não afetaram as memórias que não foram reativadas no momento da introdução da nova informação.

Os autores do estudo concluíram que as memórias antigas de medo podem ser atualizadas com informações não amedrontadoras.

Os resultados reforçam a hipótese de que as memórias emocionais se reconsolidam a cada vez que são recuperadas. E que o período em que o processo ocorre tornar as memórias vulneráveis a modificações que podem ser induzidas. Ou seja, pode-se livrar o portador da sensação de medo para aquela determinada memória.

"O momento parece ser mais importante para o controle do medo do que imaginávamos. Nossa memória reflete mais a última vez que foi recuperada do que a exata recuperação do evento original", disse Elizabeth.

Além das implicações no tratamento de distúrbios relacionados ao medo, os resultados apontam que o momento dás intervenções terapêuticas tem um papel muito importante para o sucesso dos procedimentos.

"Inspirado em estudos básicos em roedores, essa nova descoberta em humanos poderá ser transferida para o desenvolvimento de melhores terapias para o tratamento de distúrbios de ansiedade, como o estresse pós-traumático"„ disse Thomas Insel, diretor do Instituto Nacional de Saúde Mental, um dos Institutos Nacionais de Saúde dos Estados Unidos; que financiou a pesquisa. O artigo pode ser lido por assinantes da Nature em www.nature.com.