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Primeiro doutorado em língua inglesa é defendido na Unesp

Publicado em 28 março 2014

Ocorre no Instituto de Química (IQ) da Unesp, em Araraquara, a primeira defesa de uma tese de doutorado escrita em língua inglesa da Universidade. A pesquisa NuBBE Natural Produts, source of molecular diversity for the design of a new anticancer agents (Produtos naturais de NuBBE, fonte de diversidade molecular para o planejamento racional de novos agentes antitumorais), de Marlia Valli, será defendida dia 28 de março, às 15h30, no Anfiteatro Central do IQ.

"O fato é importante para o processo de interncionalização da Unesp e para criar essa cultura dentro da instituição", avalia Vanderlan da Silva Bolzani, professora do IQ, orientadora da pesquisa.

Para a coordenadora de Pos-graduação do IQ, Dulce Helena S. Santos é uma satisfacao inaugurar um capítulo na história da Universidade. "Estamos certos do impacto positivo para o avanço rumo a uma maior internacionalização, condicao importante para continuidade das pesquisas de alto nivel que ja realizamos no IQ".

Dulce conta que, pela ausencia de modelos na Unesp em relação a este assunto, houve dúvidas sobre diversas questões, inclusive sobre o formato, como inclusão de algumas partes, resumo e/ouou introducao, em português). "O apoio constante da pró-reitoria de Pós-graduação foi importante, assegurando a validade da tese como documento, do ponto de vista legal para a seguranca da aluna, já que o titulo de doutor representa um marco na vida academica", afirma. "Ações como esta estimulam uma postura sempre receptiva a intercâmbios em variadas vertentes que, de modo crescente, devem atingir não só os docentes, pesquisadores e alunos de doutorado, mas também os de mestrado e de graduação."

Devido ao interesse da aluna e da orientadora na vinda da profa Sylvie Michel, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas e Biológicas da Université Paris Descartes, Paris, para a banca, Marilia realizou estagio no laboratório francês durante o doutorado. Também foi organziada uma disciplina curta de uma semana sobre Quimica Medicinal, especialidade da professora francesa, para aproveitarmos a sua estadia no IQ, convidando também dois professores especialistas em Sintese Orgânica (UFSCar) e Quimica Medicinal (USP/São Carlos), ambos parceiros de pesquisa nossos no CEPID- CIBFAR, para complementar os topicos do curso. "Eventos podem ser interconectados, dentro de propostas para maior internacionalizacao, que, aliados a estruturas já existentes e disponibilidades dos recursos Proex/Capes, beneficiam tremendamente nossos alunos e as pesquisas em andamento."

"Cosidero de grande importancia a possibilidade de defesa de tese na língua inglesa, que é a língua de divulgação e comunicação científica. Dá a possibilidade de maior internacionalização e vinda de estudantes do mundo todo para realizarem seus estudos aqui no Brasil. É uma prática comum em países desenvolvidos, que pode também ser praticada no Brasil. É uma satisfação que participo desse momento da Unesp", diz Marília.

Além da orientanda Vanderlan e Sylvie, participam da banca Ian castro-Gamboa, do IQ; e Norberto Peporine Lopes e Flavio da Silva Emerv, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. de Ribeirão Preto

Sobre a pesquisa

A primeira base de dados sobre compostos químicos naturais extraídos da biodiversidade brasileira começa a despertar a atenção de pesquisadores de várias partes do mundo. Batizada de NuBBE Database, ela oferece informações sobre 640 substâncias, desde as principais propriedades físico-químicas e biológicas até a estrutura tridimensional dos compostos, informações essenciais para pesquisadores e empresas que atuam em química medicinal.

O acervo, disponível na internet, reúne o conhecimento gerado em 15 anos de pesquisas do Núcleo de Bioensaios, Biossíntese e Ecofisiologia de Produtos Naturais (NuBBE) da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Araraquara.

“O nível de detalhes das informações diferencia a nossa base de produtos naturais de outras existentes no mundo”, diz Vanderlan Bolzani, professora do Instituto de Química (IQ) da Unesp em Araraquara e coordenadora do núcleo, referindo-se a grandes bases como a Napralert, que tem mais de 200 mil compostos, ou a NPact, com cerca de 1.500 compostos naturais com alguma atividade anticâncer.

Reportagem sobre o assunto foi realizada por Fabrício Marques para a Revista Pesquisa Fapesp.

Leia reportagem completa

http://revistapesquisa.fapesp.br/2014/03/10/estruturas-promissoras/

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