Com iniciativa da FAPESP, grupo de pesquisadores vai dedicar dez anos ao estudo do desenvolvimento de crianças de 0 a 6 anos
A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (fapesp) lançou, em fevereiro deste ano, o Centro Brasileiro para o Desenvolvimento na Primeira Infância (CPAPI), em parceria com a Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal e com sede no Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper), em São Paulo. Para falar mais sobre este trabalho, o Tarde Nacional desta segunda-feira (1) conversou com a pesquisadora do CPAPI, psicóloga com especialização em Psicologia Clínica Infantil e professora da Faculdade de Medicina da USP de Ribeirão Preto, Maria Beatriz Martins.
O Centro desenvolverá pesquisas que ofecerão subsídio para políticas públicas e para práticas profissionais voltadas ao desenvolvimento de crianças nos seis primeiros anos de vida. Inicialmente, o trabalho será feito com crianças atendidas pelo Serviço Único de Saúde (SUS) no estado de São Paulo e em municípios brasileiros.
"O Centro de Pesquisa Aplicada Voltada à Primeira Infância nasceu de uma iniciativa muito interessante dentro do Núcleo de Ciência pela Infância. Nós somos pesquisadores de várias partes do país e de diferentes áreas. Tem da área da economia, da medicina, da psicologia, da educação", esclarece a pesquisadora, que afirma ainda na entrevista que o Brasil está perdendo oportunidades nesses cinco primeiros anos de idade da criança.
Mas como irá funcionar esse trabalho? De acordo com Maria, o estudo terá um primeiro módulo com 3 anos. Depois a extensão de até 10 anos. Mas sempre com pesquisas aplicadas no cenário de políticas públicas no Brasil. Ou seja, com a otimização de recursos de pesquisa voltadas para a implementação de ações de avaliação e intervenção com Agentes Comunitários de Saúde, por exemplo, para a promoção de políticas públicas. Até, porque segundo ela, leis para esse tema não faltam no país.
Você sabia que essa faixa, de 0 a 6 anos, é uma fase super rica para o aprendizado? É uma época que a gente ajuda a socializar as crianças e também a inserir práticas mais positivas. Daí a importância, de se estimular o desenvolvimento dessa infância, de formar essa base, que contribui depois para o comportamento na adolescência. E esse desenvolvimento, como ela diz, inclui saúde, educação, bem-estar social e segurança. Por tudo isso, que essa fase é considerada uma janela de oportunidades.
Quer saber mais? Confira a entrevista completa, no player acima.
O Tarde Nacional vai ao ar de segunda a sexta-feira, de 15h às 17h, pela Rádio Nacional de Brasília.