O presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Sérgio Ferreira, disse, ontem, em São Paulo, que o caso da Faculdade Anhembi-Morumbi, em discussão no CNE, é somente um dos indicadores de que há em andamento no País uma ameaça de mercantilismo do ensino, que aponta uma deterioração do Estado. Ferreira disse que a atitude do ministro Paulo Renato Souza no caso "é contraditória" e "há fisiologismos dentro do governo".
O presidente da SBPC, que apóia os argumentos e a saída do filósofo José Arthur Giannotti do CNE, criticou o que chamou de "critérios políticos" que estariam sendo usados em processos como o do Anhembi-Morumbi e afirmou que a mesma ameaça de descaracterização está também em curso no Estado de São Paulo. Ele atacou as indicações para o conselho superior da Fundação Estadual de Amparo à Pesquisa, feita pelo governador Mário Covas. "As indicações de três conselheiros, dois deles não cientistas, deixaram a comunidade científica no escuro", afirmou.
Notícia
Jornal da Tarde