Em visita à capital paulista nesta quarta-feira (27/03), o presidente francês, Emmanuel Macron, inaugurou o Institut Pasteur de São Paulo (IPSP) e destacou a “história científica e intelectual profunda” que existe entre França e Brasil.
“Eu acredito que a pesquisa e os laços acadêmicos são muito importantes. Eles não são alheios ao período político. E entre nossos dois países há uma história científica e intelectual muito profunda. Nós estamos fazendo agora... e há essa abertura formidável com o presidente Lula... O [trabalho] que vocês estão fazendo – pesquisadores, pesquisadoras, professores – em parceria com os outros laboratórios do instituto [rede Pasteur] é mais sólido que as vicissitudes do tempo. Felizmente [...] Obrigado por terem dedicado muitos anos de suas vidas. E obrigado aos nossos parceiros brasileiros que estão aqui presentes”, disse Macron.
Em visita à capital paulista nesta quarta-feira (27/03), o presidente francês, Emmanuel Macron, inaugurou o Institut Pasteur de São Paulo (IPSP) e destacou a “história científica e intelectual profunda” que existe entre França e Brasil.
“Eu acredito que a pesquisa e os laços acadêmicos são muito importantes. Eles não são alheios ao período político. E entre nossos dois países há uma história científica e intelectual muito profunda. Nós estamos fazendo agora... e há essa abertura formidável com o presidente Lula... O [trabalho] que vocês estão fazendo – pesquisadores, pesquisadoras, professores – em parceria com os outros laboratórios do instituto [rede Pasteur] é mais sólido que as vicissitudes do tempo. Felizmente [...] Obrigado por terem dedicado muitos anos de suas vidas. E obrigado aos nossos parceiros brasileiros que estão aqui presentes”, disse Macron.
Sediado no campus da Universidade de São Paulo (USP), em um espaço de 2 mil metros quadrados, o mais novo membro da rede Pasteur tem capacidade para abrigar cerca de 100 cientistas. São 17 laboratórios – quatro deles com nível 3 de biossegurança (NB3) –, além de uma unidade de bioinformática e diversos equipamentos multiusuários. O foco principal da equipe é o estudo de doenças emergentes, reemergentes, negligenciadas e degenerativas – particularmente aquelas capazes de afetar o funcionamento do sistema nervoso central e o neurodesenvolvimento.
Como explicou a diretora-executiva do IPSP, Paola Minoprio, a filial paulista da rede vai dar continuidade ao trabalho que já vinha sendo desenvolvido desde 2017, com apoio da FAPESP, no âmbito da Plataforma Pasteur-USP (SPPU). Em julho de 2022, foi firmado um acordo entre a USP, o Institut Pasteur de Paris e o governo do Estado de São Paulo para transformar a SPPU em membro pleno da rede Pasteur, que congrega 33 laboratórios em 25 países (leia mais em: agencia.fapesp.br/39067).
“Já era previsto que esse processo ocorreria em duas etapas: primeiro, consolidar a relação dos parceiros em termos de pesquisa e formação de pessoal e, se tudo funcionasse bem, passaria a ser um Institut Pasteur”, conta Minoprio à Agência FAPESP. “Se a gente não tivesse a infraestrutura da USP, o apoio dos engenheiros do Pasteur e a parceria com a FAPESP, que nos permitiu equipar a SPPU e está nos permitindo equipar o Institut Pasteur de São Paulo, não seria possível fazer isso em tão pouco tempo. A FAPESP tem sido fundamentalíssima em tudo isso”, afirmou Minoprio.
“A Plataforma Pasteur-USP já foi uma excelente iniciativa, mas com este instituto passamos a ter, realmente, uma vinculação entre as duas instituições. Nós podemos usar fundos das duas instituições, podemos procurar outras formas de financiamento de maneira autônoma, além de participar da network Pasteur, que tem laboratórios ao redor do mundo. Isso traz uma nova perspectiva para este instituto, provavelmente um aumento no número de pesquisadores”, disse à Agência FAPESP Carlos Gilberto Carlotti Junior, reitor da USP, em entrevista concedida pouco antes do descerramento da placa.
A cerimônia de inauguração também contou com a presença do ministro da Europa e dos Assuntos Estrangeiros da França, Stéphane Séjourné, que visitou os novos laboratórios e conversou com os pesquisadores e pós-doutorandos da equipe. Também participaram a presidente do Institut Pasteur de Paris, Yasmine Belkaid; o embaixador da França no Brasil, Sylvie Lemmet; o cônsul-geral da França em São Paulo, Yves Teyssier D’Orfeuil; o secretário Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Vahan Agopyan; o presidente da FAPESP, Marco Antonio Zago; o diretor administrativo da Fundação, Fernando Menezes; o vice-presidente do Conselho do IPSP, François Romaneix; o presidente do Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS, principal agência de fomento francesa), Antoine Petit; e diversos dirigentes da USP.