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Presidente da Fapergs: 'O momento é de renovação'

Publicado em 31 julho 2003

Eduardo Geraque escreve para a Agência Fapesp: Wilson Kniphoff da Cruz está, desde o início do ano passado, no cargo de presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (Fapergs). Segundo contou em entrevista à Agência Fapesp, entre os projetos está a melhoraria da tramitação dos processos de pesquisa e da forma de se fazer a prestação de contas. 'Também estamos aumentando a representação da comunidade científica nos comitês assessores, que estão sendo formados com representantes de várias universidades do Estado', disse. Com esta estrutura em funcionamento, o objetivo de aumentar a cultura de pesquisa entre os cientistas gaúchos deve ser atingindo, acredita Cruz. Outra novidade da Fapergs é a elaboração de um novo plano de prioridades científicas, chamado de Plano Sul, em conjunto com o CNPq. 'Essas linhas mestras estão sendo discutidas com a comunidade científica', disse Cruz, que não quis adiantar mais sobre o plano. Apesar dos avanços, o presidente da Fapergs reconhece um problema persistente: o financeiro. 'Apesar de existir um fluxo contínuo, a liberação de recursos vem sendo muito baixa', disse. O principal motivo é a dificuldade financeira pela qual passa o Rio Grande do Sul. Em 2003, levando em conta o repasse de 1,5% da receita tributária, como prevê a Constituição Estadual, a Fapergs deveria receber cerca de R$ 80 milhões, mas a realidade é muito diferente. 'Por enquanto, está definido que vamos receber R$ 12 milhões, mas existe a possibilidade de que entrem mais R$ 6 milhões até dezembro', disse. Mas Cruz está otimista e acredita que, no ano que vem, a situação melhore bastante. Por conta das dificuldades financeiras, todas as novas bolsas que poderiam ser financiadas pela entidade estão suspensas. As já aprovadas, sejam as de iniciação científica ou aquelas repassadas diretamente às universidades, continuam sendo pagas normalmente. 'As renovações serão analisadas caso a caso', diz Cruz. A suspensão das bolsas é determinada toda vez que o valor gasto com estes benefícios ultrapassa os 30% da receita total da entidade para um exercício. (Agência Fapesp, 29/7)