Um levantamento do Instituto Florestal, ligado à Secretaria Estadual do Meio Ambiente, mostrou um aumento de 2% na área de vegetação natural no Estado de São Paulo, na última década, que passou de 13,43% para 13,70% da superfície do estado.
O dado é significativo por representar uma mudança de tendência, já que em todos os levantamentos anteriores a cobertura vegetal vinha diminuindo. Na década de 60 era de 29,26%, e caiu para 17,71% nos anos 70. Essa diminuição nos índices de desmatamento acontece principalmente nas regiões de floresta atlântica. Ela segue tendência observada em outros estados, como Rio de Janeiro. Paraná. Santa Catarina e Rio Grande do Sul, segundo dados da Fundação SOS Mata Atlântica.
Os remanescentes de São Paulo eram de 3.330.740 hectares (ha), em 1990-1991, e ficaram em 3.398:6085 há, em 2000-2001, um acréscimo de 67.861 ha.
Realizado com base em imagens de satélite e fotos aéreas, o projeto do Instituto Florestal faz parte do Programa Biota-Fapesp, que pretende mapear toda a biodiversidade do Estado, e conseguiu detectar fragmentos superiores a 3 ou 4 ha.
Segundo Marco Aurélio Nalon, coordenador de geoprocessamento do Projeto de Preservação da Mata Atlântica (PPMA), responsável pelo levantamento, essa diferença pode ser creditada à regeneração natural da mata, sobretudo no litoral, mas também ao aperfeiçoamento tecnológico do mapeamento. Nalon ressalta, porém, que esse aumento na vegetação não foi global e é descompensado por grandes perdas.
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DCI