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Prefeitura de SP e USP firmam parceria para mapear temperaturas na cidade (3 notícias)

Publicado em 03 de julho de 2023

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Termo de cooperação prevê a criação de um atlas e a formulação de políticas públicas em busca da neutralidade de emissões e a adaptação aos impactos da mudança do clima

A Prefeitura de São Paulo e a Universidade de São Paulo assinaram um Termo de Cooperação Técnica para subsidiar a formulação de políticas públicas que considerem a variável climática nas respostas aos impactos da mudança do clima e o aprimoramento dos indicadores de monitoramento do Sistema de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres (SAPAVEL). A troca de informações incluirá dados sobre a morfologia urbana, sobre a presença de vegetação e a temperatura em diferentes pontos do município.

O primeiro encontro para alinhamento das informações foi realizado entre a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) e o Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP (IAG/USP) nesta quarta-feira passada (28/6).

Essa ação segue as diretrizes do Plano de Ação Climática do Município de São Paulo – Planclima-SP, que visa a neutralidade de emissões até 2050, e a adaptação aos impactos da mudança do clima, e do Plano Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres – Planpavel, instrumento que define a política de gestão e provisão de áreas verdes e de proteção do patrimônio ambiental de São Paulo.

A Divisão de Estudos Ambientais e Planejamento Territorial – DEAPT, que integra a Coordenação de Planejamento Ambiental da SVMA, é responsável por liderar a implementação de 11 das 75 ações do plano de ação do Planpavel, entre elas a Ação 60: Elaborar o mapeamento das temperaturas superficiais e disponibilizá-lo em plataformas virtuais da Prefeitura Municipal de São Paulo (PMSP).

Em resumo, o Termo de Cooperação visa:

Propiciar o intercâmbio de informações e experiências, aproveitando os conhecimentos do IAG/USP com o desenvolvimento de pesquisas, teses e dissertações sobre a influência da temperatura na biodiversidade;

A elaboração de um Atlas de Temperatura da cidade de São Paulo, que deverá contemplar aspectos como temperatura do ar, de superfície, sazonalidade, períodos diurno ou noturno, percentuais estatísticos, etc.;

Intensificar o intercâmbio de informações técnico-científicas, de modo a contribuir para elaboração de políticas públicas de enfrentamento da mudança do clima.

O encontro, realizado no auditório de IAG/USP, teve a participação da SVMA, com representantes do Gabinete, incluindo a Assessoria Técnica de Mudanças Climáticas, da Coordenação de Planejamento Ambiental - CPA, e suas Divisões de Estudos Ambientais e Planejamento Territorial - DEAPT, Projetos Urbanos - DPU, Informações Ambientais - DIA e Patrimônio Ambiental - DPA, da Coordenação de Gestão de Parques e Biodiversidade - CGPABI, representada pela Divisão de Gestão de Unidades de Conservação – DGUC, e da Coordenação de Gestão de Colegiados-CGC, além da participação de professores do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas - IAG/USP e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo - FAU/USP, e de pesquisadores destas instituições e do Projeto Biota Síntese da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - FAPESP.

Por parte da SVMA foram apresentados os instrumentos de planejamento e gestão que definem ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas, como o Planclima, e os planos verdes: Plano Municipal de Áreas protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres-Planpavel, Plano de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica – PMMA, Plano de Conservação e Recuperação de Áreas Prestadoras de Serviços Ambientais – PMSA e o Plano de Arborização Urbana – PMAU.

O IAG/USP expôs as bases conceituais acerca da variabilidade climática e resultados de pesquisas científicas sobre as temperaturas do ar e da superfície, padrões de ilha de calor urbana no Estado de São Paulo.

A FAU/USP apresentou resultados de pesquisas cientificas sobre os impactos de diferentes elementos urbanos no microclima da cidade.

Os debates suscitaram questões visando promover o alinhamento entre as propostas do Planclima e dos planos verdes e os estudos e procedimentos necessários para a elaboração do mapeamento das temperaturas na cidade.