Notícia

Gazeta Mercantil

Pouco interesse pela Internet

Publicado em 17 maio 1995

Por Scott Reeves - da AP/Dow Jones
A mensagem de uma busca por computador de uma biblioteca "on-line" conta a história: à "Internet" e o "setor financeiro" não aparecem em quaisquer documentos. A evidência anedótica sugere que muita coisa em Wall Street ainda se movimenta na velocidade de uma máquina de fax. A ironia é rica - os corretores que ganharam muito dinheiro vendendo as últimas ações, de empresas de alta tecnologia não navegam pela super estrada da informação e aparentemente utilizam pouco do que eles vendem. "Apesar de todos os foguetes os cientistas estão fazendo derivativos, a subscrição de Wall Street ainda está na Idade da Pedra", disse Davi Simons, diretor administrativo da Digital Video Investments de Nova York. Mas Wall Street não é habitada por ludistas - operários fabris ingleses do começo do século XIX que tentaram destruir as máquinas que utilizavam menos força de trabalho como protesto contra o desemprego e os baixos salários -que sentem nostalgia do retorno das fitas de papel perfurado de baixa velocidade. As preocupações sobre a segurança da informação transmitida na Internet é real, e muitas pessoas sentem que os computadores que estão agora em suas mesas fornecem todas as informações necessárias. Há também uma defasagem de geração - os analistas que se desenvolveram com os computadores vêem o World-Wide Web (WWW) de computadores da Internet como um passo lógico na condução da pesquisa, enquanto que os membros mais velhos encaram isso como o caos e a insegurança. Entretanto, Wall Street está começando a adotar a Net. A Volpe Welty & Co. de San Francisco, na Califórnia, estabeleceu uma teia local e os analistas utilizam a Internet para conseguir o material de pesquisa. "A Internet é uma ferramenta incrível", disse Brian Fernandez, diretor de pesquisa. "Ela nos dá capacidade, proximidade, credibilidade e diversidade. Nós conseguimos melhor informação de fontes através da Internet do que conseguimos tomando o telefone e ligamos sorrindo." Por exemplo, disse ele, um analista que esteja tentando obter informação sobre um novo medicamento pode rapidamente verificar a informação nas principais universidades e testar os locais no mundo inteiro, revisar especificações completas do fabricante - muitas vezes antes que a informação seja publicada em revistas bem conhecidas - e captar o que as pessoas da área estão dizendo sobre o produto. "Eu acho que as pessoas que não utilizam a Internet para obter dados comerciais difíceis têm parentesco com os que se recusavam a utilizar o telefone nos primeiros dias do século", disse ele. "É um salto qualitativo na produtividade."