Ao todo, 34 pesquisadores foram acionados na Justiça. Ex-servidora da Funcamp apontada como responsável pelos desvios saiu do país um mês após caso vir à tona em 2024.
"No entender da FAPESP, os pesquisadores responsáveis pelas pesquisas contribuíram culposamente para esses desvios, já que franquearam, indevidamente, o acesso de terceiros às contas bancárias vinculadas aos projetos", disse a fundação em nota enviada ao g1.
Ligiane, à época servidora da Funcamp, era responsável por ajudar na gestão das verbas dos projetos de pesquisa do IB.
Segundo a FAPESP, ela emitiu e pagou notas fiscais falsas , utilizando uma microempresa no nome dela, além de ter feito transferências bancárias para a conta pessoal.
Ao todo, a suspeita é que ela tenha feito cerca 220 transferências bancárias . Parte dos desvios também envolveu outras três pessoas jurídicas.
O relatório final da FAPESP apontou que o desvio total de recursos foi de R$ 5.384.215,88 , entre 2013 e 2024.
Desse total, R$ 5.077.075,88 foram desviados por meio das contas bancárias de Ligiane.
Ligiane Marinho de Ávila, investigada pela Polícia Civil por suspeita de desviar verbas de pesquisa da Unicamp — Foto: Reprodução/EPTV
Entenda suspeita de desvio milionário de verbas de pesquisa da FAPESP na Unicamp