Notícia

Catraca Livre

Por que este tipo de pipoca pode estar associada ao Alzheimer? (75 notícias)

Publicado em 17 de dezembro de 2023

O diacetil, composto presente em algumas marcas de pipoca de micro-ondas e responsável por dar o gosto amanteigado ao alimento, se tornou foco de pesquisas que busca entender a relação entre o e eventuais quadros de Alzheimer.

De acordo com as evidências encontradas em estudo realizado com ratos, a pipoca de micro-ondas, quando consumida em excesso, pode ser nocivas à saúde. A hipótese é tema de uma pesquisa desenvolvida pelo

Além disso, cientistas identificaram proteínas associadas ao Alzheimer no cérebro de ratos que consumiram durante 90 dias seguidos o composto.

Possíveis males causados pela pipoca de micro-ondas

“Das 48 proteínas cerebrais que avaliamos após a exposição dos animais ao produto, 46 sofreram algum tipo de desregulação ou modificação em sua estrutura por conta do consumo prolongado do composto. Durante as análises, nós identificamos o aumento da concentração de proteínas beta-amiloides”, explica Lucas Ximenes, doutorando do IQSC e autor da pesquisa.

Apesar dos mecanismos da doença ainda não estarem bem esclarecidos, essas proteínas normalmente são encontradas em pacientes com Alzheimer.

Potenciais riscos

Para especialista, apesar dos riscos observados pela investigação, o consumo esporádico de produtos que levam diacetil em sua composição não representa exatamente um problema. “Por mais que a gente coma o produto, nós temos muito menos contato com o diacetil do que os trabalhadores que lidam ou até inalam diariamente o composto nas fábricas”, comparou.

Amplamente empregado nos mais variados ramos da indústria, o diacetil ganhou destaque no setor alimentício, principalmente por seu uso como conservante e flavorizante (substância que confere sabor e aroma). Podendo ser encontrado naturalmente na composição de cafés, cervejas, chocolates, leites e iogurtes, o diacetil é utilizado na pipoca de micro-ondas como um aditivo, em concentrações maiores.

O estudo contou com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).