As crianças de 5 a 11 anos começaram a tomar vacina contra covid-19 nos Estados Unidos nesta quarta-feira (3). Diferente dos adultos, esse público recebe uma dose menor do imunizante —no caso, da Pfizer.
Em pessoas acima dos 12 anos, a dose aplicada é de 30 microgramas e, abaixo disso, o recomendado é uma dose menor, de 10 microgramas.
Há alguns motivos para isso. O primeiro deles é que, durante os testes de segurança realizados para criar a vacina, são experimentadas várias doses para ver qual terá a melhor resposta do sistema imunológico e que causará efeitos colaterais mínimos.
“Muitas vezes, para alguns grupos é necessário uma dose maior. Para outros, uma dose menor já é suficiente para estimular o sistema imunológico sem gerar desequilíbrio”, diz Gustavo Cabral, imunologista pela USP e pesquisador da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).
O colunista de VivaBem explica que é importante seguir a dosagem certa para evitar desequilíbrios no sistema imunológico, assim como efeitos colaterais indesejados. Por isso, tudo isso é testado antes, para garantir segurança a quem vai receber a vacina.
Segundo Cabral, a partir dos 5 anos, o sistema imunológico já apresenta uma boa maturidade, com ótimas respostas à vacinação. “Abaixo de 2 anos, a criança é muito dependente ainda da mãe, seja pela cordão umbilical [vida intrauterina] ou pela amamentação, que oferece os anticorpos necessários”, afirma.
É também por isso que idosos e pessoas imunossuprimidas precisam da terceira dose da vacina contra covid-19. Ambos grupos possuem um sistema imunológico que não funciona tão bem quanto o desejado.
UOL