O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), o astronauta Marcos Pontes, afirmou nesta quarta-feira, 23 de março, durante sua visita a Ribeirão Preto, que a cidade tem papel de destaque no desenvolvimento de novas tecnologias para melhorar a qualidade de vida em todos os setores da sociedade. Pontes comandou a solenidade de lançamento de chamada pública nacional para startups, com investimento de R$ 80 milhões em inteligência artificial (IA). O lançamento ocorreu na Distrital Norte/Leste da Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp). “Queremos desenvolver o Brasil e para isso é preciso investir em boas ideias. O Brasil tem muitas empresas trabalhando em inteligência artificial e, editais como este, são capazes de gerar riquezas e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros”, diz.
"Ribeirão não foi esco lhida por acaso para sediar o lançamento. Tem em seu DNA o desenvolvimento tecnológico e é uma das grandes lideranças nesse segmento de todo o país, reconhecida inclusive pelo brilhantismo de sua pesquisa ", destaca. Pontes acredita, ainda, que diversas startups de Ribeirão Preto e região, além de outras espalhadas pelo país, participaram da iniciativa. "Espero que tenhamos várias startups da região participando. Investimento em tecnologia não é gasto, traz dividendos e é fundamental para o desenvolvimento", ressalta.
O astronauta anunciou, também, mais R$ 40 milhões em iniciativa para fomento do setor agrícola. "A cana de açúcar, com aprimoramento genético, em parceria com a Embrapa, será uma das beneficiadas”, emenda. No evento, o presidente da Acirp, Dorival Balbino, destacou o papel empreendedor da entidade no apoio de projetos e ações que gerem o desenvolvimento econômico e social. “A escolha pelo ministro de fazer o lançamento deste edital em Ribeirão Preto e na Acirp comprovam este trabalho”, diz. O edital (Subvenção Econômica à Inovação – número 04/2022) tem o objetivo de selecionar projetos de inovação de inteligência artificial, com participação de startups nas áreas de Agro 4.0, Saúde 4.0, Indústria 4.0 e Cidades Inteligentes e Turismo 4.0. Serão distribuídos R$ 20 milhões para cada temática do edital.
O recurso é de subvenção econômica e não precisa ser devolvido ao governo federal. Podem participar do edital, empresas brasileiras, individualmente ou em conjunto com outras empresas nacionais. O objetivo é promover a parceria entre startups, empresas e demais instituições para desenvolvimento tecnológico em inteligência artificial. O prazo de execução do projeto deverá ser de até três anos, prorrogável, justificadamente, a critério da Finep/MCTI. As inscrições seguem até junho de 2022 no portal da financiadora, no link http://www.finep.gov. br/chamadas-publicas/chamadapublica/ 676. “O Brasil tem muitas empresas, startups, trabalhando em inteligência artificial. Nós temos no ministério uma série de incentivos a essas empresas, editais como este e encomendas para o desenvolvimento dessas tecnologias com segurança para a população e com a missão de criar conhecimento, gerar riquezas e melhorar a qualidade de vida dos brasileiros”, reforça o ministro.
O novo edital pontua o trabalho que o governo federal por meio do MCTI vem realizando desde 2019 no desenvolvimento da inteligência artificial e tecnologias 4.0 no país, com investimentos superiores a R$ 100 milhões. Em 2020, a Finep/MCTI lançou edital de subvenção econômica, no valor de R$ 50 milhões, para apoio a projetos de inovação envolvendo tecnologias 4.0. O MCTI selecionou, por meio de edital com a Fapesp e o CGI. Br, seis centros de inteligência artificial que vão receber até R$ 60 milhões em cinco anos. Supera Parque O Supera Parque de Inovação e Tecnologia de Ribeirão Preto solicitou R$ 18 milhões ao MCTI para investir na construção de um terceiro prédio.
O número de empresas ligadas ao parque cresceu 23% no ano passado em comparação com 2020, chegando a um total de 90 startups assistidas. O faturamento do complexo também cresceu em comparação ao ano anterior, chegando a R$ 46,7 milhões, o que representa acréscimo de 29%. Juntas, as empresas ligadas ao parque geraram R$ 12,5 milhões em impostos e 512 postos de trabalho.