Estudo mostra evidências que ligam a poluição do ar aos casos de infarto agudo do miocárdio. Segundo os pesquisadores, a exposição das pessoas às partículas no ar está associada à morte pode doenças cardíacas ou respiratórias
Mais um problema relacionado com a poluição atmosférica. Cientistas belgas identificaram uma relação entre a poluição e a incidência de infartos agudos do miocárdio. As doenças cardiovasculares, entre as quais o infarto, são uma das principais causas de morte em todo o mundo.
Em estudo publicado no Journal of Thrombosis and Haemostasis, periódico oficial da Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia, os pesquisadores analisaram especialmente as partículas suspensas no ar resultantes, na maioria, da queima de combustíveis.
Segundo os autores, liderados por Jos Vermylen, do Centro de Biologia Molecular e Vascular da Universidade de Leuven, foram encontradas fortes evidências de que exposições a curto e a longo prazo a essas partículas estão associadas a mortes por doenças respiratórias ou cardíacas. Em relação à quantidade, quanto maior a exposição aos poluentes, maior o risco. ''Níveis extremos de poluição podem causar grandes aumentos nas taxas de mortalidade'', notam os cientistas, alertando que casos como esses devem ser tratados com grande atenção pelos órgãos de saúde pública.
Os pesquisadores também verificaram que pacientes com artérias danificadas correm mais risco de terem problemas como trombose ou inflamação pulmonar. ''O infarto do miocárdio pode estar relacionado ao estado inflamatório'', disseram. Os autores destacam ainda que o estudo não levou em conta os efeitos do hábito de fumar, considerado como o ''poluidor do ar por excelência''.
O artigo Ambient air pollution and acute myocardial infarction, de J. Vermylen, A. Nemmar, B. Nemery e M. F. Hoylaerts, pode ser lido no site do Journal of Thrombosis and Haemostasis, em www.blackwellpublishing.com
Agência Fapesp
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