Os automóveis, em sua grande maioria, poluem o meio ambiente. E na maior metrópole do Brasil, onde o fluxo de carro é intenso, o ar não poderia ser diferente. Em São Paulo, ele é bastante poluído. Porém, nesse período de paralisação dos caminhoneiros, que afetou a oferta de combustíveis e poucos veículos circularam, foi constatada uma diminuição da poluição.
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (30) pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), após análise dos índices medidos pelas estações Ibirapuera e Cerqueira Cesar do Sistema de Informações de Qualidade do Ar da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb).
Para o diretor do Instituto de Estudos Avançados (IEA-USP) Paulo Saldiva, esse é um episódio raro e pode impactar a saúde pública. “Quem sabe essas evidências quantitativas não sirvam de argumento para a criação de políticas públicas?”, comentou.
Comparação
Os dados diários sobre a poluição atmosférica constatou um efeito curioso, durante esse período de paralisação dos caminhoneiros. De acordo com a Cetesb, os índices de poluição aumentaram no início, quando houve a liberação do rodízio, e caiu fortemente após faltar combustível e provocar a redução de carros e a frota de ônibus nas ruas.
Um fenômeno oposto, aconteceu na greve dos metroviários, em maio de 2017, quando aumentou muito o número de carros na rua e a poluição deu um salto, praticamente dobrando.