O extenso trabalho de pesquisa da cientista Rosa Maria Alas Brun analisou o comportamento dos cinco contaminantes do ar mais representativos encontrados na atmosfera da cidade de Pamplona, no País Basco, Espanha, de 1991 a 1999.
Os índices das partículas em suspensão, do dióxido de enxofre, óxido de nitrogênio, monóxido de carbono e também de ozônio, foram cruzados com as taxas de mortalidade da cidade.
A pesquisa analisou principalmente a relação que poderia existir entre o ar contaminado e o agravamento de casos em que a pessoa já tinha algum problema cardíaco ou respiratório.
Os resultados das análises estatísticas mostraram que, mesmo que seja ainda pequena, a poluição, principalmente as partículas em suspensão, teve interferência sobre as mortes. Segundo a pesquisadora da Universidade Pública de Navarra, os dados mostraram que dias antes das mortes ocorrerem os níveis de contaminação na cidade estavam acima do normal.
Apesar de as partículas em suspensão - substâncias lançadas no ar pela combustão incompleta do carbono e de hidrocarbonos û serem a principal vilã, todos os outros contaminantes também tiveram uma pequena interferência no agravamento da saúde da população de Pamplona no período estudado.
Para Rosa Maria, essa relação agora revelada na cidade, que tem aproximadamente 190 mil habitantes, é importante por dois motivos. Primeiro, segundo a pesquisadora, ela serve para que se possa discutir melhor os índices considerados ideais de contaminação para cidades de menor porte e, segundo, para que mais estudos dentro dessas condições sejam feitos. Em nenhum momento, durante o período estudado, as contaminações do ar em Pamplona ultrapassaram os limites estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde.
(Agência Fapesp)
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