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Agro.MT

Plataforma vai ajudar produtores a otimizar manejo agrícola (9 notícias)

Publicado em 10 de dezembro de 2024

Produtores rurais de São Paulo ganharão uma nova ferramenta tecnológica para melhorar a produtividade agrícola e promover práticas mais sustentáveis no campo. A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) anunciou a criação da plataforma Smart B100, que utilizará inteligência artificial (IA) generativa para oferecer recomendações sobre manejo de solo e adubação, adaptadas às condições específicas das culturas e regiões.

A ferramenta de IA será construída pelo Centro de Ciência para o Desenvolvimento Smart B100 (CCD SB100), lançado pela FAPESP em parceria com o Instituto Agronômico (IAC) e outras instituições de ensino e pesquisa.

A plataforma será alimentada por dados do Boletim 100, tradicional publicação do IAC que reúne informações sobre práticas agrícolas como adubação e calagem do solo.

Como a Smart B100 irá funcionar

O Smart B100 integrará dados científicos e métricas como saúde do solo, ciclo de carbono e respostas fisiológicas das plantas, além de recomendações sobre o uso de fertilizantes e bioinsumos. O objetivo é fornecer orientações práticas e personalizadas para auxiliar os produtores a tomar decisões mais eficientes e reduzir desperdícios.

“A plataforma trará o conhecimento de forma ágil e segura, oferecendo base para melhores práticas de manejo no campo, com foco inicial nas culturas de citros e cana-de-açúcar”, afirma Dirceu Mattos Jr., pesquisador responsável pelo CCD SB100.

Parcerias e abrangência

O projeto envolve diversas instituições, incluindo o Instituto Agronômico (IAC), a Universidade Estadual Paulista (Unesp), a USP/Esalq, as Fatecs de Pompeia e Cotia, e a Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia. Também conta com o apoio da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.

Além da plataforma, o CCD SB100 vai desenvolver índices de decisão multicritério para a escolha de insumos agrícolas. Esses índices ajudarão os produtores a otimizar o uso de fertilizantes, aumentando a produtividade e minimizando os impactos ambientais.

Benefícios da IA ao produtor rural

Ao combinar ciência de dados, inteligência artificial e práticas agrícolas tradicionais, a Smart B100 tem potencial para transformar o agronegócio paulista. Ajustes no manejo, como o uso criterioso de fertilizantes e a promoção de práticas sustentáveis, podem aumentar a competitividade dos produtores no mercado global.

“Esta é uma oportunidade de utilizar a tecnologia para integrar conhecimento científico ao dia a dia dos agricultores, promovendo ganhos em eficiência e sustentabilidade”, diz Mattos Jr.

O CCD SB100 é uma das 21 iniciativas lançadas pela FAPESP para oferecer soluções tecnológicas em áreas estratégicas, como saúde, energia, segurança pública e meio ambiente.

No agronegócio, o projeto destaca-se por sua capacidade de levar inovações diretamente ao campo, promovendo o desenvolvimento rural e econômico do estado.

Milho, soja e feijão avançam na safra 2024/25, aponta Conab

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou novos dados sobre o avanço das culturas de milho, soja e feijão na safra 2024/25, com informações coletadas até 8 de dezembro.

Milho

O plantio da 1ª safra de milho alcançou 72,2% da área estimada no Brasil, mostrando avanço em relação à semana anterior, quando estava em 65,1%. O índice atual também supera os 65,9% registrados no mesmo período do ano passado, refletindo bom ritmo de semeadura.

Soja

A semeadura da safra de soja atingiu 94,1% da área prevista no país, também apresentando progresso em comparação aos 90% da semana anterior. O desempenho supera o registrado em igual período de 2023, quando 89,9% da área já havia sido plantada, consolidando um cenário positivo para a cultura.

Feijão

A colheita da 1ª safra de feijão avançou para 6,1% da área total, frente a 4,9% na semana passada. Apesar disso, o índice é inferior aos 5,5% registrados no mesmo intervalo de 2023. Já o plantio da 1ª safra chegou a 60,5% da área estimada, acima dos 58% da semana anterior e dos 51,8% registrados no ano passado.

Os números mostram a evolução das culturas em diferentes estágios, refletindo condições climáticas favoráveis e o empenho dos produtores na reta inicial do ciclo agrícola 2024/25.

Brasil exporta 4,662 milhões de sacas de café em novembro, diz Cecafé

O Brasil exportou 4,662 milhões de sacas de café em novembro, volume 5,4% acima do verificado em igual mês de 2023. O faturamento com os embarques no mês passado foi de US$ 1,343 bilhão, ou 62,7% mais na mesma base comparativa. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (9), pelo Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé) , em nota.

No acumulado do ano, de janeiro a novembro, as exportações brasileiras de café bateram recorde, tanto em volume quanto em receita. Foram exportadas, até o 11º mês de 2024, 46,399 milhões de sacas, ou 3,78% acima do recorde anterior, de 2020, quando, em 12 meses, o país havia embarcado ao exterior 44,707 milhões de sacas. Em comparação com igual intervalo de 2023, o avanço foi de 32,2%.

Em receita, também houve recorde até novembro, com US$ 11,302 bilhões, alta de 22,3% ante todo o ano de 2022, quando o Brasil havia faturado US$ 9,244 bilhões. Já em comparação com janeiro a novembro do ano passado, o crescimento foi de 56%, disse o Cecafé, em nota.

O conselho também divulgou os números referentes ao ano-safra 2024/25. Assim, nos cinco primeiros meses do ano safra 2024/25, as remessas cafeeiras do Brasil ao exterior saltaram para 22,017 milhões de sacas e renderam US$ 5,955 bilhões, apresentando saltos de 16,5% e 61,4%, respectivamente, frente ao desempenho registrado entre julho e o fim de novembro de 2023.

Em relação aos principais países importadores de café brasileiro, os Estados Unidos lideram o ranking, com 7,419 milhões de sacas de janeiro a novembro, ou 16% de todas as exportações e avanço de 35% ante janeiro a novembro de 2023. Em seguida, vem Alemanha, com 15,6% da parcela total e 7,228 milhões de sacas, ou 63,4% mais ante janeiro a novembro de 2023.

Quando se analisam as exportações de café verde realizadas pelo Brasil a outros países produtores, o México lidera o ranking com a aquisição de 1,116 milhão de sacas do produto, o que representa um aumento de 177,3% frente ao comprado de janeiro a novembro de 2023.

O Vietnã, segundo maior produtor global, aparece na sequência, ampliando suas importações dos cafés verdes brasileiros para 638.733 sacas, com substancial elevação de 389,4% sobre o volume adquirido nos 11 primeiros meses do ano passado. Destaca-se, ainda, o desempenho para a Índia, que ampliou em expressivos 1.412,3% suas compras dos cafés in natura do Brasil, para 248.619 sacas, informa o Cecafé.

Em relação aos tipos de café, o arábica contou com 33,973 milhões de sacas exportadas entre janeiro e novembro, ou 73,2% do total e 23,2% mais em relação a igual intervalo do ano passado.

A espécie canéfora (conilon e robusta) vem na sequência e apresenta o maior avanço porcentual nos embarques deste ano, ao registrar crescimento de 107,4% na comparação com 2023. Foi remetido o recorde de 8,692 milhões de sacas ao exterior, o que gerou uma representatividade de 18,7% para essa espécie nas exportações totais.

O segmento do café solúvel, com 3,690 milhões de sacas – avanço de 12,1% e 8% do total -, e o produto torrado e torrado e moído, com 43.627 sacas (-6,4% e 0,1% de representatividade), completam a lista.

Problemas logísticos

Apesar de números grandiosos, o presidente do Cecafé, Márcio Ferreira, criticou, na nota, os inúmeros atrasos e alterações que ocorreram nas escalas de navios para exportação, bem como as frequentes rolagens de cargas. Isso fez com que o Brasil acumulasse 1,717 milhão de sacas, ou 5.203 contêineres de produto não embarcado até outubro.

“O não embarque desse volume, considerando preço médio da saca e do dólar no período, aponta que o Brasil deixou de receber US$ 489,72 milhões, ou R$ 2,754 bilhões, como receita cambial”, diz a entidade.

O Cecafé informa também que, por causa dos entraves logísticos nos portos brasileiros, os associados acumularam um “prejuízo portuário” de R$ 7 milhões em outubro, que envolvem gastos extras com armazenagem adicional, detentions, pré-stacking e antecipação de gates. “No acumulado de 2024, esses valores já chegam a inacreditáveis R$ 30,4 milhões e indicam que, mais do que obsoleta, a infraestrutura logística nacional precisa de atenção para que nosso país possa exercer sua excelência no agronegócio”, comenta.

Preços da soja recuam no Brasil; veja as cotações pelo país

O mercado brasileiro de soja teve uma segunda-feira de preços mais baixos, com fraca movimentação. Segundo a Safras Consultoria, o mercado esteve lento, com muitos participantes fora das negociações. A expectativa para o relatório de oferta e demanda de dezembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado amanhã, contribuiu para a cautela dos agentes. Além disso, a queda da soja na Bolsa de Chicago pressionou as cotações no mercado doméstico.

Cotações no Brasil

Passo Fundo (RS) : preço caiu de R$ 138,00 para R$ 136,00

Missões (RS) : preço caiu de R$ 137,00 para R$ 135,00

Porto de Rio Grande (RS) : preço caiu de R$ 144,00 para R$ 143,00

Cascavel (PR) : preço caiu de R$ 137,00 para R$ 136,00

Porto de Paranaguá (PR) : preço caiu de R$ 143,00 para R$ 142,00

Rondonópolis (MT) : preço caiu de R$ 136,00 para R$ 134,00

Dourados (MS) : preço caiu de R$ 138,00 para R$ 136,00

Rio Verde (GO) : preço caiu de R$ 138,00 para R$ 136,00

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a segunda-feira com preços mais baixos. Após um início de sessão positivo, o mercado perdeu força na parte da tarde, refletindo vendas técnicas e um cenário fundamental baixista. O produtor norte-americano está motivado a vender a soja ainda disponível pelo atual patamar de preços, antes que os preços caiam ainda mais com a entrada da safra brasileira.

As atenções continuam voltadas para o relatório de oferta e demanda do USDA, que deve fazer ajustes leves nas estimativas para os estoques mundiais e norte-americanos de soja. Espera-se que os estoques de soja dos Estados Unidos para 2024/25 fiquem em 471 milhões de bushels, contra os 470 milhões previstos anteriormente.

Contratos futuros da soja

Os contratos de soja com entrega em janeiro fecharam a US$ 9,90 por bushel, com baixa de 3,75 centavos, ou 0,37%. A posição março foi cotada a US$ 9,95 1/2 por bushel, também com queda de 3,75 centavos, ou 0,37%. Nos subprodutos, o farelo de soja teve alta de 0,76%, fechando a US$ 289,60 por tonelada, enquanto o óleo de soja teve queda de 0,39%, fechando a 42,80 centavos de dólar.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,09%, negociado a R$ 6,0816 para venda e a R$ 6,0796 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 6,0369 e a máxima de R$ 6,0899.