Notícia

Zero Hora online

Plásticos alternativos no mercado: conheça as diferenças

Publicado em 10 junho 2020

Por RBS Brand Studio

 No ritmo de um mundo que busca ser mais sustentável, a indústria do plástico tem se renovado ao oferecer alternativas que fogem da matéria prima convencional. Um bom exemplo é o bioplástico, que não utiliza petróleo na composição. A procura por este novo formato é expressiva: a Associação Europeia de Bioplásticos (European Bioplastics), que divulga as classificações do material, estima produzir 1,7 milhão de toneladas de bioplásticos por ano.

Há pelo menos dez tipos, variáveis conforme a matéria-prima e a utilização final — que vai da produção de sacolas e embalagens até próteses utilizadas na medicina. Além da versatilidade, o sucesso do "plástico verde" também se explica pela economia de energia para produção e geração menor de gases de efeito estufa em comparação com o plástico tradicional.

Segundo a revista da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a FAPESP, não há um percentual mínimo de matéria-prima de fonte renovável na composição do polímero para que seja considerado bioplástico. A classificação é observada tanto pela origem quanto pela capacidade de degradação.

Confira a série completa de matérias no hotsite "Nosso Mundo Sustentável".

Brasil na vitrine

Segundo a Associação Brasileira do Plástico (Abiplast), embora tenha as mesmas propriedades do plástico convencional, o bioplástico vem de matérias-primas como soja, amido de arroz, milho e de cana-de-açúcar. São fontes de origem renovável, mas que não necessariamente tornam o bioplástico biodegradável: o plástico biodegradável se origina de outras fontes vegetais, como o amido e a celulose. Ao final de seu ciclo de vida, o material sofre processo de compostagem em até 180 dias pela ação de microrganismos, sob condições específicas de calor, umidade, luz, oxigênio e nutrientes orgânicos.

Já que a cana-de-açúcar é uma fonte para os bioplásticos, o Brasil se coloca como um player natural neste mercado. Segundo a Pesquisa Fapesp, não há dados suficientes para contabilizar a produção e venda dos bioplásticos por aqui, mas iniciativas como a decisão recente da Prefeitura de São Paulo de banir dos restaurantes os copos e talheres feitos de plástico convencional pode impulsionar a produção de materiais biodegradáveis.

Conheça tipos de plástico não convencionais

Apesar de já bastante famoso ao redor do mundo, o bioplástico não é a única alternativa ao plástico tradicional. Veja as diferenças entre cada tipo:

● Bioplástico ("Plástico Verde")

Tem as mesmas propriedades do plástico tradicional, mas não leva petróleo na sua composição. Gasta cerca de 65% menos de energia e produz aproximadamente 70% menos gases de efeito estufa, segundo o blog especializado Mundo do Plástico.

● Plástico oxibiodegradável

Derivado do petróleo, tem sua fragmentação acelerada quando recebem luz, oxigênio, temperatura e umidade a partir de um aditivo pró-degradante. A principal diferença para os biodegradáveis é justamente não precisar da decomposição de bactérias para a degradação. 

● WPC (Wood Plastic Compound)

Presente na madeira plástica, que se tornou popular em deques e áreas externas, é fabricado a partir da transformação de matérias-primas reaproveitáveis e de materiais recicláveis (como resíduos de diversos tipos de plásticos e fibras vegetais).

● Plásticos compostáveis

São aqueles materiais que podem sofrer decomposição biológica a partir de processos de compostagem. Para ser encaixado nessa categoria, o plástico precisa seguir três critérios: biodegradação, desintegração e não ter nenhuma eco-toxicidade (quando suporta o crescimento de plantas).

Essa notícia também repercutiu nos veículos:
Portal Macaúba