De 100 anos do jornal Folha de S. Paulo, Reis esteve presente de 1947 até sua morte, em 2002, e chegou a ser diretor de Redação. Reis ainda participou das discussões para a criação da Fapesp e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em 1948 —onde fundou e editou a revista Ciência e Cultura
Lia em latim, alemão e francês, entendia de física, química, microbiologia e administração pública, além de ser um pesquisador e divulgador científico internacionalmente reconhecido. Essas eram características do humano da Folha José Reis.
Julio Abramczyk, médico e jornalista que escreve para a Folha desde 1960, conta que “o legado que Reis deixou foi ter iniciado em nosso meio a saída dos cientistas da torre de marfim, onde viviam bem acomodados e isolados uns dos outros. Quem aparecia no jornal ficava mal-falado na comunidade científica”.
“Acredito que, graças ao pioneirismo de Reis, nesta pandemia ninguém estranha a presença de cientistas e pesquisadores colaborando com os meios de comunicação, explicando a Covid-19, seus problemas e os necessários cuidados”, diz o médico.
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