- O desenvolvimento de novas tecnologias de motores pelas indústrias automobilísticas fez com que os veículos movidos à combustíveis, como a gasolina, emitam atualmente menos dióxido de carbono (CO2) do que o faziam no passado. Mas, para continuar a reduzir as emissões dos poluentes dos veículos que fabricam e atender às exigências das regulamentações ambientais estabelecidas nos últimos anos em diversos países – incluindo o Brasil –, as montadoras não estão conseguindo mais se valer somente dessa estratégia.
"Chegamos a um ponto hoje em que a introdução de novas tecnologias aumenta o custo dos motores e o ganho na redução das emissões de CO2 é pequeno", disse Flavio Gomes Dias, coordenador de produto da Peugeot Citroën do Brasil Automóveis (PCBA). "Acreditamos que por meio dos biocombustíveis e motores mutuamente adaptados conseguiremos ter o ganho extra na redução das emissões de CO2 pelos automóveis que buscamos", afirmou Dias.
- Alguns dos temas de pesquisa de interesse do Centro são novas configurações de motores movidos a diferentes biocombustíveis, incluindo veículos híbridos (que possuem mais de um motor – elétrico e a gasolina, por exemplo), redução de emissões de gases e aspectos econômicos, ambientais e sociais relacionados aos biocombustíveis. O aporte financeiro previsto para o período de apoio é de, no mínimo, R$ 1,6 milhão por ano, divididos em partes iguais entre as duas instituições parceiras. O prazo para apresentação das propostas termina no dia 29 de março. A divulgação das propostas selecionadas está prevista para o dia 31 de julho.
- "O projeto de pesquisa que será realizado no âmbito do Centro é complexo, multidisciplinar e tem que estar na fronteira do conhecimento. Por isso, tem que ter um núcleo de pesquisa competitivo internacionalmente", disse Hernan Chaimovich, assessor especial da Diretoria Científica da FAPESP. Na avaliação de Chaimovich, o Brasil tem a responsabilidade de criar agora um centro de pesquisa de classe mundial em motores a biocombustíveis por todo seu histórico de desenvolvimento de motores a etanol. "Se não iniciarmos agora um projeto de pesquisa estratégico e de longo prazo em motores de combustão movidos a biocombustíveis, poderemos perder em menos de cinco anos a competitividade que conquistamos ao longo de décadas de experiência com motores a etanol", avaliou.
Equipe Infoenergia