O ano de 2001 registrou um aumento na sonegação de impostos federais e estaduais na venda de etanol hidratado (álcool) no país. Segundo o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis (Sindicom), Alísio Vaz, estima-se que, ano passado, a sonegação tenha sido da ordem de R$ 1,3 bilhão. "O futuro é preocupante. Isso nos preocupa pois se estima que um terço do etanol vendido no país não recolhe impostos", alertou Vaz.
O Programa de Educação Continuada em Economia e Gestão de Empresas (Pecege), vinculado à Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), divulgou o primeiro índice de inflação do setor sucroalcooleiro, o de novembro de 2011, que apontou altas nos custos de produção das áreas agrícola (produção de cana-de-açúcar) e industrial (açúcar e etanol). A índice agrícola apontou alta de 0,02%, o de etanol aumentou 0,19% e o de açúcar, 0,42%, entre outubro e novembro do ano passado. O índice de inflação de dezembro deve ser divulgado nesta semana. A pesquisa foi feita com mais de 100 fornecedores de insumos agrícolas e industriais de São Paulo e no Paraná, no Centro-Sul do Brasil e tem o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) teve o capital reforçado em R$ 9,990 bilhões de títulos do Tesouro Nacional. A portaria que autoriza a emissão desses títulos foi publicada hoje (20), no Diário Oficial da União.Com a operação, o Tesouro concluiu o aporte de R$ 55 bilhões no banco, autorizado por medida provisória editada em março do ano passado e aprovada em junho pelo Congresso Nacional. A penúltima parcela da ajuda foi repassada em dezembro, quando o BNDES recebeu R$ 15 bilhões. Nesse tipo de operação, o Tesouro emite os títulos e os repassa ao BNDES, que vende os papéis no mercado conforme a necessidade de reforçar o capital. O dinheiro será usado para ampliar os recursos da terceira etapa do Programa de Sustentação do Investimento (PSI 3), linha de financiamento para a compra de equipamentos, obras de infraestrutura e estímulo às exportações com juros subsidiados.
Em termos de transações, o BNDES registrou no ano passado o maior número de operações de sua história. Foram 896 mil financiamentos, com alta de 47% em relação a 2010, o que permitiu ampliar o acesso ao crédito da instituição, em especial pelas micro, pequenas e médias empresas. Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no ano passado alcançaram R$ 139,7 bilhões. O balanço apresentado pelo BNDES mostra aumento de 7% nos recursos liberados para a área de infraestrutura no ano passado, que subiram de R$ 52,4 bilhões para R$ 56,1 bilhões. Esse valor corresponde a 40% dos desembolsos totais do banco, no exercício.
Os desembolsos associados à chamada economia verde, que engloba atividades que substituem emissões de carbono, entre as quais projetos de energias renováveis, eficiência energética e transporte coletivo não poluente, tiveram incremento de 2% e participação de 13% no total liberado, somando R$ 18,4 bilhões, no ano passado.