Sua casa fica perto de uma avenida bastante movimentada mesmo durante a noite? Então esta matéria vai trazer algum conforto para você. Em um evento da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) realizado neste mês de outubro, na Bélgica, as emissões de ruído em ambientes urbanos receberam um tratamento especial nos debates – um tratamento acústico, por assim dizer.
O destaque ficou por conta de estações de monitoramento de som implantadas em cidades europeias com o intuito de encontrar formas de combater o barulho nas cidades.
Quem conduz esses estudos são pesquisadores da Universidade de Gante, na Bélgica. De alguns anos para cá, eles desenvolveram modelos matemáticos de previsão, propagação e difusão de ruídos de tráfego.
O objetivo desses estudiosos é fornecer subsídios para a criação de sistemas de tratamento acústico nos espaços urbanos. Por meio deles, os níveis de ruído para pedestres e moradores seriam diminuídos.
Essa sustentabilidade auditiva conta com a ajuda de um aliado ambientalmente muito amigável: o plantio de árvores.
De acordo com Dick Botteldoren, professor da Universidade de Gante, elas contribuem para diminuir a propagação de som.
Dessa forma, ajudam a poupar os ouvidos dos transeuntes da gritaria das buzinas e dos roncos dos motores.
Além disso, contribuem também para a melhoria da qualidade do ar em termos de outros poluentes que não os sonoros.
As estações de monitoramento de som para a busca de modelos de tratamento acústico já foram implantadas em cinco cidades: Gante, Bruxelas e Antuérpia, na Bélgica; Roterdã, na Holanda; e Paris, na França.