“Temos trabalhado para desenvolver uma tecnologia rápida e barata”, diz pesquisadora brasileira.
Pesquisadores do Brasil conseguiram sequenciar o genoma da nova variante de coronavírus que foi identificada em São Paulo.
Eles conseguiram o feito apenas 48 horas desde a confirmação do primeiro caso de infecção pelo vírus em território brasileiro.
O trabalho foi conduzido por cientistas do projeto chamado Cadde, gerenciado pelo Instituto Adolfo Lutz, do Instituto de Medicina Tropical da Faculdade de Medicina da USP e da Universidade de Oxford.
Em média, ao redor do mundo, os grupos de pesquisa estão levando cerca de 15 dias para conseguir fazer o sequenciamento.
O projeto brasileiro foi lançado justamente com o objetivo de agilizar esse processo. O objetivo é ajudar a fornecer informações com mais rapidez.
Ester Sabino, do Instituto de Medicina Tropical, declarou:
“Uma sequência só não revela muita coisa, mas a importância é mostrar que rapidamente somos capazes de fazer e colocar isso à disposição de outros cientistas do mundo. Quanto mais genomas tivermos, mais podemos entender como a epidemia vai evoluindo no mundo. Por isso precisamos ter isso muito rapidamente.”
E, segundo o jornal Estadão, acrescentou:
“Temos trabalhado para desenvolver uma tecnologia rápida e barata. Todos os casos que forem confirmados no Adolfo Lutz serão sequenciados. A ideia é fornecer informações que possam ser usada para entender a epidemia em curso, para que outros cientistas possam comparar os dados. Essa cadeia de informação de todo mundo junto é importante para o mundo poder responder à epidemia.”