Cientistas no Estado de São Paulo estão desenvolvendo testes rápidos e baratos para ampliar a capacidade de diagnosticar a COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus. As iniciativas utilizam diversas estratégias para detectar o vírus ou os anticorpos gerados pelo organismo para combatê- lo.
O objetivo é identificar com precisão quem está infectado e também aqueles que já tiveram a doença, mesmo que de forma assintomática, e que, em teoria, estariam imunizados. Algumas dessas iniciativas de testes rápidos para o novo coronavírus são desdobramentos de pesquisas anteriores para a detecção de infecções por zika, dengue ou outras doenças virais e que agora recebem nova modelagem para a detecção da COVID- 19. “Precisamos considerar que a expectativa é de que a epidemia dure um tempo ainda. É possível que tenhamos outras ondas de infecção e é essencial contar com diferentes tipos de testes para ter dados epidemiológicos e também planejar medidas de isolamento social e de liberação de pessoa para o trabalho. Ao aumentar a testagem, é possível identificar casos leves, graves e quem está curado, além daqueles que já foram infectados e não sabem que tiveram a doença”, diz à Agência Fapesp Edison Durigon, professor do Instituto de Biociências (ICB) da Universidade de São Paulo (USP), que tem realizado várias pesquisas relacionadas ao vírus.
No ICB-USP, pesquisadores estão desenvolvendo testes de tira (fitas semelhantes às do teste de gravidez) para detectar, em 15 minutos, se o vírus causador da COVID-19 está na secreção do nariz ou da garganta do indivíduo.