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Pesquisadores da USP criam protótipo de robô que poderia ser usado nas unidades de saúde

Publicado em 01 abril 2020

Seis pesquisadores do Laboratório de Robótica Móvel do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, sob o comando da doutoranda Daniela Ridel, desenvolveram o protótipo de um robô autônomo que tem como missão dar suporte à distribuição de remédios e alimentos aos pacientes doentes em hospitais. Como resultado, espera-se uma diminuição na carga de trabalho dos profissionais e a diminuição de contato entre eles e as pessoas infectadas.

A iniciativa começou há dois anos, quando Daniela fundou a startup 3DSoft. “Nós temos capacidade técnica para fazer esse projeto acontecer, no entanto, falta ajuda para que o robô chegue às mãos de quem precisa”, explica ela.

Para dar os primeiros passos, a startup contou com o apoio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE) e da FAPESP, e criou um sensor de baixo custo, adequado à realidade nacional. “Depois que o projeto encerrou, decidimos desenvolver um robô de serviços para entregas, que deveria ficar pronto nos próximos meses. Mas, devido ao cenário do coronavírus, fizemos uma mudança radical e criamos o protótipo para ajudar os profissionais da saúde”, conta Patrick Shinzato, um dos cofundadores da startup.

Diante do novo desafio, a busca é por parceiros especializados em saúde, que possam ajudar a equipe a compreender melhor a demanda de quem está na linha de frente de combate ao coronavírus. Assim, os pesquisadores conseguirão avaliar a necessidade de fazer algum ajuste no projeto. “O ideal seria um parceiro que conseguisse tanto nos colocar em contato com hospitais quanto investir na montagem de mais robôs. Como todos nós somos da área de computação, precisamos de pessoas com outras habilidades que apresentem o projeto a investidores e a quem mais possa nos ajudar”, diz Daniela.

A pesquisadora estima que, com todos os recursos à disposição, bastariam cerca de dois meses de trabalho para ter um protótipo funcional pronto, ao custo de R$ 17 mil (a primeira versão). “Em larga escala, certamente esse custo seria reduzido significativamente.”