“A disponibilização de amostras de vírus cultivados em células permitirá aos laboratórios clínicos terem controles positivos para validar os testes de diagnóstico, de modo a assegurar que realmente funcionem”, disse o pesquisador do Instituto de Ciências Biomédicas da USP, professor Edison Luiz Durigon, à Agência Fapesp .
Os vírus serão distribuídos para grupos de pesquisa e laboratórios clínicos públicos e privados em todo o país, para aumentar o potencial de realização de testes e avançar em estudos sobre causa e propagação da doença. As amostras cultivadas poderão ser usadas em um kit para diagnóstico que o Ministério da Saúde vai fornecer para laboratórios centrais em todo o país. “Com isso, todos os estados estarão aptos a realizar o diagnóstico”, diz Durigon.
Nesta sexta-feira 6, o estado da Bahia confirmou o 9º caso de coronavírus no Brasil. A paciente é uma mulher de 34 anos, mora na cidade de Feira de Santana e retornou da Itália em 25 de fevereiro, com passagens por Milão e Roma. O primeiro atendimento e as amostras foram coletadas em um hospital particular da capital baiana, sendo enviadas para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, para a contraprova.
No mundo, mais de 100 mil pessoas foram contaminadas pelo novo coronavírus, e mais de 3.400 morreram por causa da doença em 91 países, conforme último balanço da Agence France-Presse (AFP) , com base em fontes oficiais. *Com informações da Agência Fapesp.