Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desenvolvem novo método para medir a concentração de ozônio no meio ambiente. O equipamento, já patenteado, é portátil, mais barato e mais fácil de ser utilizado do que os dispositivos já existentes.
"Realizamos uma pesquisa sobre sistemas analíticos para determinação de ozônio no ambiente e vimos que existiam poucos métodos químicos para essa finalidade", diz o professor do Instituto de Química da Unesp de Araraquara e autor do projeto, Arnaldo Alves Cardoso, em entrevista à Agência Fapesp.
"Com base nessa constatação, buscamos desenvolver um novo método químico para determinação da concentração de ozônio em ambiente. O método é mais indicado para realizar medidas pontuais em ambientes internos, por exemplo, para as quais não vale a pena adquirir equipamentos eletrônicos existentes hoje, que são sofisticados e caros", explica Cardoso.
O sensor desenvolvido é baseado na reação do ozônio com o índigo - corante utilizado na indústria têxtil para tingir tecidos, como o jeans, e na indústria alimentícia para conferir a cor azul anil a balas, chicletes e sucos em pó -, que, na presença do composto, se oxida e descolore.
O ozônio é um composto tóxico para o homem, plantas e animais, que pode danificar diversos materiais, como borracha e corantes, e contribuir para o aumento do efeito estufa.