Em meio à pandemia causada pelo novo coronavírus, os profissionais da área da saúde estão sobrecarregados e os esforços que realizam são reconhecidos mundo afora. Com o objetivo de construir uma solução tecnológica para ajudar esses profissionais, seis pesquisadores criaram o protótipo de um robô autônomo: “O objetivo é dar suporte na distribuição de remédios e alimentos aos pacientes doentes em hospitais e, com isso, além de diminuir a carga de trabalho, também será diminuído o contato entre profissionais da saúde e pessoas com a covid-19”, explica a doutoranda Daniela Ridel.
Ela atua no Laboratório de Robótica Móvel do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computa- ção (ICMC) da USP, em São Carlos, onde conheceu os outros cinco pesquisadores com quem está desenvolvendo o projeto. A jornada da empreendedora começou há dois anos, quando ela fundou a startup 3DSoft em parceria com dois outros doutorandos do instituto, Luis Rosero e Tiago dos Santos, juntamente com Patrick Shinzato, que fez mestrado, doutorado e pós-doutorado no ICMC.
“Nós temos a capacidade técnica de fazer esse projeto acontecer, no entanto, falta ajuda para que o robô chegue nas mãos de quem precisa”, explica Daniela. Para dar os primeiros passos, a startup contou com o apoio do programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), para criar um sensor de baixo custo, adequado à realidade nacional. “Depois que o projeto se encerrou, decidimos desenvolver um robô de serviços para entregas, que deveria ficar pronto nos próximos meses. Mas, devido ao cená- rio do coronavírus, fizemos uma mudança radical e criamos o protótipo para ajudar os profissionais da saúde”, conta Shinzato.