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Pesquisadores brasileiros transformam restos da indústria alimentícia em cosméticos naturais (50 notícias)

Publicado em 07 de setembro de 2022

Grande parte das indústrias de qualquer segmento gera uma série de resíduos que não podem ser reaproveitados. Pois a empresa Rubian Extratos descobriu uma forma de não jogar fora os bioativos descartados pela indústria de sucos e, em vez disso, reaproveitá-los para criar cosméticos naturais. O maracujá é um excelente exemplo com propriedades antioxidantes, perfeitos para a indústria do cosmético – incentivando assim a prática da economia circular, onde nada é desperdiçado.~

As pesquisas, desenvolvidas com apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas, permitiram observar o rejuvenescimento da pele ao inibir enzimas que causam a degradação do colágeno e dispensa qualquer insumo de origem sintética. Além disso, a tecnologia atende a crescente demanda dos consumidores conscientes.

Para chegar no produto final, o bagaço passou por várias etapas, incluindo processamentos e extrações. O resíduo é padronizado, a fim de chegar ao consumidor com a mais alta qualidade. Os testes clínicos foram feitos em 16 mulheres e identificaram redução de manchas, diminuição significativa no nível de rugas e aumento da hidratação facial ao utilizarem o cosmético natural.

No total, a empresa já contabiliza seis patentes na área de cosméticos naturais, cujo processo não utiliza solventes químicos poluentes – tudo é feito de maneira a reduzir ao máximo os efeitos negativos da cadeia produtiva no meio ambiente. Além das técnicas de extração serem ambientalmente ideais, os produtos por elas gerados possuem características ímpares.

Os extratos produzidos pela tecnologia Rubian não sofrem degradações – como hidrólise, oxidação, esterificação, caramelização ou alterações térmicas. Com isso, mantêm suas propriedades naturais preservadas e possuem poder ativo potencializado pela sinergia dos ingredientes – o chamado Efeito Entourage. A tecnologia utilizada está perfeitamente alinhada com a nova bioeconomia, por meio do modelo circular e do upcycling, que permite gerar produtos diferenciados a partir de processos convencionais que geram resíduos e desperdícios ao planeta. Eles utilizam a biomassa residual da indústria de alimentos, rica em bioativos, tais como casca da jabuticaba e bagaço do maracujá, como insumos principais para os produtos.

“Trabalhamos com o Conceito Clear by Design Extracts, que significa oferecer, com base científica comprovada, produtos com eficácia, segurança e transparência às indústrias de nutracêuticos, cosméticos e alimentos”, explica Eduardo Aledo, cofundador da empresa.