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The Greenest Post

Pesquisadores brasileiros transformam restos da indústria alimentícia em cosméticos naturais (50 notícias)

Publicado em 30 de novembro de 2021

A indústria alimentícia, assim como grande parte das indústrias geram uma série de resíduos que não é possível aproveitar. Para aproveitar os bioativos descartado pela indústria de sucos, a empresa Rubian Extratos descobriu uma forma de aproveitá-los para criar cosméticos naturais. O maracujá é um excelente exemplo com propriedades antioxidantes, perfeitos para a indústria do cosmético – incentivando assim a prática da economia circular, onde nada é desperdiçado.

As pesquisas, desenvolvidas com apoio do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), permitiram observar o rejuvenescimento da pele ao inibir enzimas que causam a degradação do colágeno e dispensa qualquer insumo de origem sintética. Além disso, a tecnologia atende a crescente demanda dos consumidores conscientes.

Para chegar no produto final, o bagaço passou por várias etapas, incluindo processamentos e extrações. O resíduo é padronizado, a fim de chegar ao consumidor com a mais alta qualidade. Os testes clínicos foram feitos com 16 mulheres e identificou redução de manchas, diminuição significativa no nível de rugas e aumento da hidratação facial ao utilizarem o cosmético natural.

No total, a empresa já contabiliza seis patentes na área de cosméticos naturais, cujo processo não utiliza solventes químicos poluentes – tudo é feito de maneira a reduzir ao máximo os efeitos negativos da cadeia produtiva no meio ambiente. Além das técnicas de extração serem ambientalmente ideais, os produtos por elas gerados possuem características ímpares.

Os extratos gerados pela tecnologia Rubian não sofrem degradações como hidrólise, oxidação, esterificação, caramelização ou alterações térmicas. Com isso, mantêm suas propriedades naturais preservadas e possuem poder ativo potencializado pela sinergia dos ingredientes (efeito Entourage). A tecnologia utilizados estão perfeitamente alinhados com a nova bioeconomia, através do modelo circular e o upcycling, que permite gerar produtos diferenciados dos processos convencionais que geram resíduos e desperdícios ao planeta. Eles utilizam a biomassa residual da indústria de alimentos, rica em bioativos, tais como casca da jabuticaba e bagaço do maracujá, como insumos principais para os produtos.

“Trabalhamos com o Conceito Clear by Design Extracts, que significa oferecer, com base científicas comprovadas, produtos com eficácia, segurança e transparência às indústrias de nutracêuticos, cosméticos e alimentos”, explica Eduardo Aledo, cofundador da empresa.