Trabalho foi resultado de parceria entre Instituto Adolfo Lutz, ligado ao governo de São Paulo, e a Universidade de Oxford, do Reino Unido
Pesquisadores brasileiros, em parceria com cientistas de Oxford, da Inglaterra, conseguiram sequenciar pela primeira vez na América Latina o código genético do coronavírus (Sars-CoV-2). O feito foi alcançado apenas 48 horas após o primeiro caso confirmado no Brasil e deve facilitar os estudos sobre o vírus.
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O genoma do vírus foi sequenciado no Instituto Adolfo Lutz, vinculado ao governo estadual de São Paulo. O feito impressiona porque o trabalho de sequenciamento costuma levar quinze dias, o que mostra como os pesquisadores foram ágeis em sua tarefa.
Os dados serão compartilhados com a comunidade internacional para estudo. Segundo o pesquisador Claudio Sacchi, do Instituto Adolfo Lutz, os dados resultados do sequenciamento do genoma do vírus são “essenciais para o desenvolvimento de vacinas e testes diagnósticos”. Eles também são chave para entender a dispersão do vírus, além de permitir detectar possíveis mutações.
Segundo a análise, o genoma identificado no paciente brasileiro conta com três mutações na comparação com a cepa de referência de Wuhan, na China, epicentro da disseminação do vírus, sendo que duas dessas alterações se aproximam da variação encontra na região da Baviera, na Alemanha. Assim, o vírus no paciente paulista está mais próximo da variação europeia do que da chinesa, o que faz sentido, já que o contágio aconteceu como decorrência de uma viagem à Itália, que também se tornou um outro ponto de disseminação do vírus.