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Pesquisadores brasileiros gravam imagens de raios em alta resolução (1 notícias)

Publicado em 23 de fevereiro de 2011

O Elat (Grupo de Eletricidade Atmosférica) do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) anunciou, nesta terça-feira (22), que gravou as primeiras imagens de raios em alta resolução e coloridas no Brasil, capturadas por câmeras de alta velocidade.

A gravação faz parte do projeto temático "Impacto das mudanças climáticas sobre a incidência de descargas atmosféricas no Brasil", com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Grupo de Eletricidade Atmosférica (ELAT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) acaba de gravar - pela primeira vez no Brasil - imagens de raios em alta resolução e coloridas através de câmeras de alta velocidade. Este é um procedimento inédito no país e faz parte do projeto temático "Impacto das mudanças climáticas sobre a incidência de descargas atmosféricas no Brasil", coordenado por Osmar Pinto Junior, coordenador do ELAT, com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

As imagens com resolução de 1.280 por 720 pixels ainda não haviam sido feitas no Brasil, assim como o registro em cores. As câmeras registram até 2.000 quadros por segundo.

Segundo Osmar Pinto Junior, coordenador do Elat, o uso desse tipo de equipamento no estudo permite avaliar com detalhes o impacto dos raios sobre os objetos que eles atingem no solo.

"Hoje sabemos que os prejuízos materiais chegam à aproximadamente R$ 1 bilhão em todo o país, anualmente, e, em um cenário em que aumenta cada vez mais o número de raios, a tendência é que os prejuízos também aumentem, assim como o risco de mortes e ferimentos", afirma ele.

De acordo com os pesquisadores do grupo, as imagens contribuirão para a prevenção e proteção contra os raios, que são diferentes em cada região. Também será possível analisar características que dificilmente poderiam ser observadas em razão de fenômenos como tempestades, cujo perigo pode variar com a qualidade e os tipos de raios.

A equipe espera que o estudo possibilite a geração de alertas de tempestades severas com maior precisão e pretende levar o equipamento para o Rio de Janeiro no dia 23 de fevereiro. (Fonte: Folha.com)