Pesquisadores brasileiros estão desenvolvendo um microchip para ser usado em um dos experimentos do maior acelerador de partículas do mundo: o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês), da Organização Europeia para Pesquisa Nuclear (CERN), na Suíça. O projeto envolve Pesquisadores do Instituto de Física (IF) e da Escola Politécnica (Poli) da Universidade de São Paulo (USP), em colaboração com o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) e o Instituto de Física Gleb Wataghin da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
A segunda versão do protótipo do chip, desenvolvido no âmbito do "Projeto de um Asic de aquisição e processamento digital de sinais para o Time Projection Chamber do Experimento Alice", apoiado pela Fapesp, deverá ser concluída no próximo mês de julho. O protótipo do chip deverá ser testado em setembro e o início da produção está previsto para 2016.
O chip, batizado como Sampa, será usado no Alice (A Large Ion Collider Experiment) - um dos quatro grandes experimentos do LHC, que envolve cerca de 1,3 mil cientistas de mais de 30 instituições de pesquisas ao redor do mundo, incluindo o IF-USP.
O experimento deverá passar nos próximos anos por um processo de atualização com o objetivo de estudar fenômenos mais raros a partir de partículas produzidas em colisões de íons pesados a partir de 2020, quando será aumentada a taxa de produção de colisões no LHC de 500 Hz para cerca de 50 kHz.