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Pesquisadores brasileiros desenvolvem bateria flexível de chumbo com nanotecnologia (1 notícias)

Publicado em 11 de outubro de 2024

Por Redação Epoch Times Brasil

Um grupo de pesquisadores do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (Ipen) está à frente de uma inovação que promete transformar o mercado de armazenamento de energia: uma bateria de chumbo flexível e leve.

Essa nova tecnologia se diferencia das baterias de chumbo convencionais, que são rígidas e pesadas, limitando suas aplicações em dispositivos modernos e portáteis.

De acordo com Ana Bonasa, do portal Nunca Vi 1 Cientista, as baterias tradicionais são amplamente utilizadas em veículos e outros equipamentos, mas suas características físicas restringem seu uso em tecnologias mais avançadas.

A nova bateria do Ipen, por sua vez, abre possibilidades para utilização em eletrônicos, veículos elétricos, sensores e até microssatélites.

Almir Oliveira Neto, químico do Centro de Células a Combustível e Hidrogênio do Ipen e líder do projeto, explicou como funciona essa bateria inovadora em entrevista à revista Pesquisa FAPESP — da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo.

Ele destacou que, enquanto as baterias convencionais utilizam eletrodos metálicos, a nova abordagem do Ipen incorpora nanopartículas de chumbo fixadas num tecido de carbono flexível. Essa configuração não apenas reduz o peso, mas também melhora a condutividade em comparação ao chumbo metálico.

A nanotecnologia é uma ciência que estuda a manipulação da matéria numa escala atômica e molecular lidando com estruturas entre 1 e 100 nanômetros.

Estrutura sólida e mais segura

Outro aspecto importante da nova bateria é sua estrutura. A pesquisa revela que a utilização de uma substância sólida para a movimentação de íons, em vez do tradicional eletrólito líquido, proporciona maior segurança.

Essa mudança evita vazamentos e diminui a corrosão interna, resultando em vida útil mais longa para a bateria. A bateria em fase de protótipo mede aproximadamente 5 centímetros quadrados e possui uma espessura de apenas 1,2 milímetro.

Os pesquisadores do Ipen estão animados com o potencial dessa nova tecnologia e buscam desenvolver melhorias nas próximas etapas do projeto. Entre as metas, está a redução dos custos dos materiais utilizados e o desenvolvimento de processos para a fabricação em larga escala, o que poderá viabilizar a comercialização da bateria no futuro.

A inovação no setor de armazenamento de energia é fundamental para atender à crescente demanda por dispositivos cada vez mais compactos e eficientes.