Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios
Os pesquisadores do Pólo Regional da Alta Paulista, em Adamantina, órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, estão envolvidos em um novo projeto de pesquisa que vai avaliar o valor nutritivo da cana-de-açúcar tratada com óxido de cálcio, ou hidróxido de cálcio. Os experimentos começam a ser implantados na unidade de pesquisa nos próximos dias, e a expectativa dos pesquisadores é que os primeiros resultados sejam conhecidos até dezembro deste ano. O projeto foi aprovado pela Fapesp no valor R$ 130 mil.
O projeto está dividido em duas etapas. Na primeira fase serão realizados diversos testes com doses variadas de cal microprocessada na cana-de-açúcar picada, com diferentes tempos de reação. Em seguida serão realizados testes em laboratórios para avaliar qual material apresentou a melhor qualidade nutritiva.
A segunda etapa será selecionar os dois tratamentos que apresentaram os melhores resultados em qualidade nutritiva e avaliar o consumo, a digestibilidade e o desempenho, em bovinos e ovinos. Segundo o coordenador do projeto, o pesquisador científico Acyr Freitas, a partir desses resultados é que os pesquisadores poderão comprovar o valor nutritivo do alimento para ruminantes.
"A fibra da cana-de-açúcar é muito indigesta, e alguns produtores da região de Adamantina estavam usando a cal sem as informações necessárias, causando acidentes com seres humanos e animais. A iniciativa do projeto é justamente para atender a demanda regional dos produtores que nos procuram diariamente", explicou Freitas.
O principal objetivo do projeto é melhorar o aproveitamento da cana-de-açúcar como alimento para ruminantes. O projeto conta ainda com a participação dos pesquisadores científicos Jailson Lara Fagundes, do Pólo Regional da Alta Paulista, Fabiana Maldonado, do Pólo Regional do Noroeste Paulista, e de professores da área de zootecnia da Unesp de Dracena.
Notícia
Cosmo