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Pesquisadores avaliam conversões de uso da terra e impacto no carbono do solo (2 notícias)

Publicado em 15 de março de 2025

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Conduzido no Instituto de Zootecnia (IZ), em Nova Odessa, SP, o trabalho revelou que as conversões de floresta para pastagem e de pastagem para usos agrícola ou sistema de integração influenciam o estoque de C no solo

Um recente estudo feito por pesquisadores da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios – APTA e da Embrapa Meio Ambiente, parte do projeto “Melhorando o manejo da pastagem como ‘solução baseada na natureza’ para sequestro de carbono no solo”, financiado pela Shell e FAPESP, contribuiu para entender como a mudança do uso da terra impacta os estoques de carbono (C) do solo no Brasil e sua relação com as mudanças climáticas globais. A pesquisa analisou a conversão de floresta (Mata Atlântica) em pastagens não manejadas e, posteriormente, a conversão dessas áreas em lavouras de soja ou em sistemas integrados de lavoura, pecuária e floresta (iLPF).

Conduzido no Instituto de Zootecnia (IZ), em Nova Odessa, SP, o trabalho revelou que as conversões de floresta para pastagem e de pastagem para usos agrícola ou sistema de integração influenciam o estoque de C no solo. Utilizando imagens do Google Earth e análises laboratoriais, pesquisadores observaram impactos ao longo de 39 anos, evidenciando a interferência de efeitos de borda nos fragmentos de floresta e a contribuição dos sistemas conservacionistas para o sequestro de carbono.

De acordo com Rafaela Ferraz Molina, em sua dissertação, a conversão de floresta para pastagem aumentou o carbono orgânico apenas na superfície do solo, sem mudança abaixo dessa faixa. Cabe mencionar que os fragmentos de Mata Atlântica avaliados na pesquisa tem forte influência antrópica, estando próximos das cidades e sujeitos e eventos de fogo ao longo dos anos, situação comum no Estado de São Paulo.