É um exame de baixo custo que teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e se baseia na detecção de diferentes assinaturas moleculares presentes na urina que estão relacionadas ao câncer de bexiga
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no ano passado, 10.640 pessoas desenvolveram câncer na bexiga. A maioria dessas pessoas (7.590), são homens.
Ao descobrir um câncer, o paciente passa por muitos processos doloridos, inclusive exames invasivos até o tratamento. Para aliviar esse momento delicado e sofrido, a startup paulista Solve Biotechnology está desenvolvendo um teste rápido para o diagnóstico de tumores de bexiga.
É um exame de baixo custo que teve apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e se baseia na detecção de diferentes assinaturas moleculares presentes na urina que estão relacionadas ao câncer de bexiga.
“Quando começamos a pesquisar o assunto, percebemos que os testes diagnósticos para o câncer de bexiga eram caros e invasivos, um grande transtorno para a vida dos pacientes. Além disso, existiam poucos testes que podiam ser feitos apenas pela urina, e a maioria era importado e dava muitos resultados falso-positivos, gerando sérios problemas para o acompanhamento dos casos”, explica a química Juliane Cristina Borba.
O teste foi criado com técnicas de nanotecnologia e de imunologia depois de conversas e entrevistas com médicos e pacientes. A ideia não é substituir o exame da cistoscopia (quando uma câmera é introduzida pela uretra para a visualização óptica de tecido da bexiga), mas o teste poderá auxiliar na identificação do tumor em seus estágios iniciais, podendo evitar a retirada da bexiga.
“Durante todas as fases do projeto, parte da pesquisa envolveu a conversa com vários pacientes que tiveram que fazer diversas vezes a cistoscopia. Existe uma questão psicológica importante envolvida em todo o processo, ainda mais por causa do exame ser bastante desconfortável, principalmente para os homens. Além disso, é um exame que precisa ser realizado várias vezes durante a fase de acompanhamento de possível reincidência. Como os biomarcadores que nós desenvolvemos são bastante ativos, os testes feitos até agora tanto com amostras sintéticas, mimetizadas, como com a urina de pacientes com o tumor mostram que será possível agilizar o diagnóstico da doença”, afirma Borba.
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