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Pesquisadoras da UFSCar Sorocaba expõe fragilidades do cerrado paulista (1 notícias)

Publicado em 21 de outubro de 2024

Vinculadas ao Biota Campos, projeto temático financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), quatro pesquisadoras da UFSCar apresentaram seus estudos sobre o cerrado do estado de São Paulo no 12º Congresso Brasileiro de Mastozoologia, em Armação dos Búzios (RJ), realizado em setembro. Mastozoologia é a área da ciência dedicada ao estudo de mamíferos.

O projeto Biota Campos tem como objetivo ampliar conhecimentos sobre a biodiversidade dos campos naturais de São Paulo, mapeando os remanescentes de campos naturais, conservando e restaurando esses ecossistemas por meio do manejo do fogo e caracterizando o solo, a vegetação e a fauna, entre outras atividades.

A professora Ana Paula Carmignotto, do Departamento de Biologia (DBio-So), conduziu a palestra de abertura do Congresso, com o tema: “Nesta longa estrada da vida, vou coletando e não posso parar: o que aprendi em 30 anos de campo”. Já no Simpósio “Ecologia e Conservação de Pequenos Mamíferos do Cerrado”, que fez parte da programação do Congresso, a docente apresentou um trabalho sobre os determinantes da diversidade de pequenos mamíferos no Cerrado e suas implicações para a conservação.

Cerrado que arde No mesmo Simpósio, a doutoranda Luciana de Oliveira Furtado apresentou estudo com o título “Cerrado é fogo que arde para viver: como a supressão total do fogo pode afetar os pequenos mamíferos do Cerrado”. Com base no estudo feito por pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da UFSCar, ela compartilhou os resultados do impacto do adensamento lenhoso e do uso de fogo prescrito em uma comunidade de pequenos mamíferos na porção sul do Cerrado.

Diversidade dos morcegos

Na seção de pôsteres, Ana Paula Carmignotto e Luciana de Oliveira Furtado, juntamente com a também docente do DBio-So Ana Cláudia Lessinger e as estudantes Ana Cláudia Rodrigues e Larissa Eler Fernandes, apresentaram o estudo “Taxonomia Integrativa: Dados genéticos associados aos morfológicos revelam uma diversidade ainda desconhecida para os morcegos do gênero Myotis no Cerrado Paulista”. E, ainda nessa seção, Ana Cláudia Rodrigues, Ana Paula Carmignotto, Jessica Conceição da Silva e Luciana de Oliveira Furtado apresentaram uma pesquisa sobre registros inéditos de quirópteros no Cerrado paulista, ampliando o conhecimento sobre a distribuição e a diversidade de morcegos na região.

Carmignotto ressalta que a apresentação das pesquisas desenvolvidas no laboratório da UFSCar foi importante para a disseminação do conhecimento e a troca de experiências entre alunos, pesquisadores e profissionais da área. “A participação em eventos como esse é crucial para aumentar a compreensão sobre a biodiversidade e conservação de mamíferos no Brasil, fomentar a formação de pesquisadores, estabelecer novas parcerias, fortalecer a comunidade científica e conscientizar a população sobre a importância da mastozoologia”, defende ela.