O coordenador de microbiologia do Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), membro da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e professor da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), João Lúcio de Azevedo, foi um dos vencedores na área de Agricultura Tropical, categoria Vida e Obra do Prêmio Fundação Bunge que anunciou a lista de seus ganhadores na edição 2009.
Aos 72 anos, Azevedo é professor titular aposentado pela USP, formado em engenharia agronômica pela Esalq, tendo concluído doutorado em genética na Universidade de Sheffield, na Inglaterra, e em agronomia, pela USP, e pós-doutorado pelas universidades de Manchester e Nottingham, também no Reino Unido. Formou cerca de 95 mestres e 68 doutores, tendo coordenado diversos projetos de pesquisa com apoio da Fapesp.
Segundo a Esalq, entre suas contribuições científicas destaca-se o desenvolvimento de um processo para isolamento e purificação do fungo Guignardia citricarpa e do kit de diagnóstico para detecção de fungo patogênico e endofítico de cítricos. Entre as distinções que recebeu destacam-se a Ordem Nacional do Mérito Científico e Tecnológico. É membro titular da Academia Brasileira de Ciências.
"Foi uma surpresa, estou muito satisfeito com a premiação e agradeço aos membros do júri que me escolheram e externo também minha felicidade com a indicação do Carlos Eduardo Cerri. Considero este fato muito importante para as pesquisas desenvolvidas na USP", disse.
Para o Prêmio Bunge, antigo Prêmio Moinho Santista, não há inscrições e os concorrentes são indicados por um júri. Criado há 54 anos para incentivar a inovação em várias áreas do conhecimento, nesta edição o prêmio anunciou também dois ganhadores em Pintura: Regina Silveira, na categoria Vida e Obra, e Rodrigo Cunha, na categoria Juventude.
A premiação ocorrerá no dia 16 de setembro, na Sala São Paulo. Os vencedores da categoria Vida e Obra receberão R$ 100 mil cada um, além de diplomas e medalhas. Já na categoria Juventude cada um dos escolhidos receberá R$ 40 mil, além de diplomas e medalhas.
Em Manaus o pesquisador faz parte do Programa para Desenvolvimento de Produtos e Processos no Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA), por meio do qual a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam) mantém convênio firmado com a Superintendência da Zona Franca De Manaus (Suframa), com interveniência administrativa da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect).
Sobre o Prêmio
O Prêmio Fundação Bunge foi criado há 54 anos para incentivar a inovação em várias áreas do conhecimento, que se alternam a cada edição. Como não há inscrições e os concorrentes são indicados, o sigilo do processo assegura a independência do prêmio. "Nosso objetivo é reconhecer pessoas cujos trabalhos representem um avanço nas artes e nas ciências. O Brasil pode se beneficiar das inovações criadas e até mesmo outros países", destaca Ruy Altenfelder, curador do Prêmio Fundação Bunge.
A categoria "Vida e Obra" reconhece o trabalho de um especialista, cuja carreira já está consolidada na área em que atua e os projetos realizados representam um patrimônio cultural importante para o país. Já a categoria "Juventude" destaca um profissional de até 35 anos, cujo trabalho represente um novo paradigma em sua área.
A galeria dos mais de 150 contemplados está disponível para consulta clique aqui.
Agência Fapeam
(com informações da Agência Fapesp e Fundação Bunge)