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CDMF - Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais

Pesquisador de Iniciação Científica do CDMF publica artigo sobre auxílio da luz na eletrodeposição de nanopartículas metálicas

Publicado em 12 maio 2021

Marcos Vinicius Tinoco, aluno do curso de Química da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e pesquisador de Iniciação Científica do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF), é o primeiro autor do artigo “Photoelectrodeposition of Pt nanoparticles on Sb2Se3 photocathodes for enhanced water splitting”, publicado recentemente no periódico Electrochimica Acta

Sob orientação da pós-doutoranda Juliana Brito, do Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade Federal de São Carlos (PPGQ – UFSCar) e integrante do CDMF, a pesquisa é movida por um dos maiores desafios quando se trata dos materiais fotoquímicos: o desenvolvimento de catalisadores altamente ativos e estáveis através de uma metodologia de síntese simples. 

Considerando que há poucos trabalhos na literatura que investigam o auxílio da luz na eletrodeposição de partículas metálicas, este artigo traz à tona como essa união favorece as características fotocatalíticas do catalisador e diminui o tempo de síntese desse material. Dessa forma, a pesquisa evidencia a melhora das características fotoativas e da estabilidade do semicondutor Sb2Se3 quando submetido à ação da luz. 

O resultado foi alcançado após a deposição de nanopartículas de platina (Pt) que foram obtidas a partir de uma rápida taxa de síntese, na qual foram empregados dois métodos: a eletrodeposição (ED) e a fotoeletrodeposição (PED). Tais métodos são realizados a partir da aplicação de um potencial (ou corrente) e, a diferença entre eles, é que no PED esse potencial é auxiliado pelo emprego da luz.

A pesquisadora Juliana Brito conta que os métodos aplicados para a deposição das nanopartículas de platina (Pt) indicaram discrepâncias entre seus resultados. Ela explica que mesmo com a carga de eletrodeposição (ED) idêntica, o fotocatalisador preparado por fotoeletrodeposição (PED) resultou em um material com densidade de fotocorrente quase três vezes maior que o preparado por ED. Além desse resultado, também foi possível observar uma diferença entre os resultados de cinética de nucleação e do crescimento das nanopartículas de Pt.

“O crescimento de Pt utilizando a eletrodeposição (ED) foi caracterizado pela aglomeração de Pt com consequente formação de partículas metálicas maiores, enquanto a fotoeletrodeposição (PED) gerou novos locais para a deposição de metal, permitindo uma melhor distribuição de Pt na superfície do semicondutor e, por fim, gerando partículas menores e melhorando a densidade da fotocorrente, transferência de carga e a fotoconversão do fotocatalisador”, acrescenta Brito.

O artigo também conta com a participação dos pesquisadores do CDMF Lucia H. Mascaro, docente do Departamento de Química da Universidade Federal de São Carlos (DQ – UFSCar), e Magno B. Costa, doutorando no PPGQ – UFSCar.

O artigo pode ser baixado no repositório do CDMF clicando AQUI.

CDMF

O CDMF é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (Cepids) apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), e recebe também investimento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia dos Materiais em Nanotecnologia (INCTMN).