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Pesquisa Revela Biomarcadores Promissores para a Detecção Precoce da Doença de Alzheimer (132 notícias)

Publicado em 24 de junho de 2025

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Detecção Precoce da Doença de Alzheimer com Biomarcadores Sanguíneos

Pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) estão desenvolvendo um painel de biomarcadores para a detecção precoce da doença de Alzheimer e para diferenciá-la de outros tipos de demência, através de testes de sangue. Este projeto, apoiado pela FAPESP, baseia-se na análise do genótipo de 500 voluntários, incluindo indivíduos com e sem a doença.

Um dos achados mais recentes do grupo de pesquisadores, publicado na revista Neurobiology of Aging , revelou que uma alteração genética rara, associada à doença de Alzheimer, está ligada a níveis elevados da proteína ADAM10. O estudo identificou que 85 indivíduos com comprometimento cognitivo e essa condição genética apresentaram quantidades elevadas da proteína no sangue.

A proteína ADAM10 é conhecida por clivar (quebrar) a proteína precursora da beta-amiloide, impedindo a formação de placas no cérebro, um dos principais marcos da doença de Alzheimer. "A ADAM10 é uma antiga candidata a biomarcador da doença de Alzheimer que, com o avanço de equipamentos ultrassensíveis, pode ser detectada em concentrações baixas no plasma sanguíneo", explica Márcia Regina Cominetti, do Laboratório de Biologia do Envelhecimento da UFSCar, uma das coordenadoras do projeto.

De acordo com o estudo, alterações no alelo E4 do gene APOE podem resultar em um aumento de moléculas ADAM10 inativas no sangue. Essa condição pode reduzir a quantidade de moléculas ativas, diminuindo a capacidade de inibir a formação das placas beta-amiloide no cérebro.

A doença de Alzheimer é a principal causa de demência no mundo, afetando mais de 35,6 milhões de pessoas. Seu diagnóstico é um desafio para a medicina, uma vez que diagnósticos precoces podem adiar o surgimento dos sintomas. Atualmente, a reversão do processo neurodegenerativo é viável apenas em estágios iniciais, chamados de comprometimento neurocognitivo leve, que se caracterizam por um declínio cognitivo sem afetar significativamente a funcionalidade do indivíduo.

Os pesquisadores da UFSCar pretendem criar testes sanguíneos prognósticos baseados na ADAM10 para identificar indivíduos com comprometimento cognitivo leve que têm maior risco de desenvolver Alzheimer. "A ADAM10 pode indicar, antes da formação das placas beta-amiloide, se a pessoa tem chances de desenvolver a doença", afirma Cominetti.

Atualmente, detectar plaquetas beta-amiloide e a proteína TAU hiperfosforilada é preciso, mas diferenciar uma demência da outra continua sendo um desafio. "Uma combinação de biomarcadores pode viabilizar triagens populacionais mais amplas por meio de exames de sangue", explica a pesquisadora.

A pesquisa conta com uma parceria entre os departamentos de Química e Gerontologia da UFSCar para desenvolver um sensor baseado nos níveis de ADAM10 no sangue, visando diferenciar idosos saudáveis de pessoas com Alzheimer. O teste está em validação com os 500 voluntários.

"Estamos buscando marcadores prognósticos. Embora muitos perguntem sobre a relevância do diagnóstico diante da falta de cura, é importante para quando uma cura surgir", ressalta a pesquisadora. Cominetti destaca ainda a construção de um banco de dados diverso, que reflete não apenas a variabilidade genética brasileira, mas aspectos de fatores de risco como escolaridade e qualidade de vida.

Para mais detalhes, o artigo "Higher soluble ADAM10 plasma levels are associated with decreased cognitive performance in older adults carrying APOEε4" pode ser acessado em: www.sciencedirect.com

Informações da Agência FAPESP