Um grupo de pesquisadores apoiados pela FAPESP e pelo Natural Environment Research Council (NERC), um dos conselhos de Pesquisa britânicos, deu início ao projeto Marine ferromanganese deposits – a major resource of E-tech elements (Marine E-tech), um esforço multidisciplinar de estudo da formação de depósitos de metais em águas profundas do oceano Atlântico. Além da Elevação do Rio Grande, na qual os pesquisadores brasileiros se concentrarão, a iniciativa contará com pesquisas em planícies abissais ao largo da Ilha da Madeira, no Atlântico Norte.
O projeto foi apresentado na terça-feira (08/12), na sede da FAPESP, em São Paulo (SP), durante o workshop E-tech Element Submarine Ferromanganese Crusts Research, que reuniu pesquisadores de instituições brasileiras, do Reino Unido e dos Estados Unidos envolvidos em estudos oceanográficos na região.
Para Frederico Brandini, do Instituto Oceanográfico (IO) da Universidade de São Paulo (USP), coordenador do Marine E-tech no Brasil, “o fundo dos oceanos é a nova fronteira de exploração mineral e biotecnológica, mas o potencial dessa região precisa ser explorado de forma sustentável”.
“O conhecimento científico tem papel decisivo nisso. O Brasil possui 8.500 km de costa com uma série de recursos naturais disponíveis e ainda depende muito de terras raras para desenvolver suas tecnologias. A Elevação do Rio Grande é uma potencial fonte de recursos, mas sobre a qual ainda se sabe muito pouco nas ciências oceanográficas e na mineração, o que inviabiliza o entendimento de suas potencialidades e da sustentabilidade da sua exploração. As pesquisas serão conduzidas para encontrar soluções nesse sentido”, destacou.
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