Como fazer uma pesquisa sair do laboratório e se transformar em produto? Para tentar responder a essa pergunta, cada vez mais freqüente no meio acadêmico, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) organizaram o seminário Comercialização Internacional de Tecnologia Brasileira. O espírito inventivo está aumentando muito no Brasil, com fantásticas criações de nível internacional, afirma Robert M. Sherwood, consultor em licenciamento e comercialização de tecnologia de empresas. Ele sabe o que diz. Há mais de uma década faz visitas periódicas ao Brasil, normalmente a cada três meses, para prestar assessoria no assunto. Há um interesse muito maior na criação de tecnologias. A inovação, no entanto, está acontecendo nas pequenas empresas, nas universidades, e não nas grandes corporações. Trata-se de um movimento também restrito mais ao Estado de São Paulo, com reflexos no Paraná e em Minas Gerais, afirma Christopher M. Ostrovski, presidente da Technology Partners International, empresa do Canadá que faz a intermediação entre pesquisadores e investidores. Sem tradição no desenvolvimento tecnológico próprio, o Brasil engatinha na área. Para os cientistas acadêmicos, lidar com o inundo dos negócios ainda é uma grande novidade. F. uma grande incógnita. O primeiro passo para quem quer ganhar dinheiro com suas pesquisas é refrear o instinto científico de publicar seus achados. No Brasil, a lei dá ao pesquisador um ano de prazo entre a publicação da pesquisa e a entrada do pedido de patente. Porém, como nem todos os países fazem o mesmo, ao divulgar suas descobertas o cientista basicamente a coloca ao alcance de qualquer outra pessoa que queria registrá-la como sua em outra nação.
Notícia
A Notícia (Joinville, SC) online