Estudo de doutorado da Faculdade São Leopoldo Mandic avaliou 138 adolescentes com e sem queixa de Disfunção Temporomandibular (DTM) e relacionou-as com diferentes problemas de saúde
Um estudo elaborado pela aluna do curso de Doutorado em Odontopediatria da Faculdade São Leopoldo Mandic, Karla Christina Amaral de Pinto Costa, sob a orientação da Profª Dra Giselle Rodrigues de Sant' Anna Neves observou 138 adolescentes, com idade média de 14 anos, para avaliação da qualidade do sono e a presença de sonolência, com o objetivo de relacionar os sintomas com a Disfunção Temporomandibular (DTM). De acordo com os resultados, os pesquisadores verificaram que havia relações entre os pacientes que tinham qualidade de sono comprometida e presença de sonolência, com a DTM, depressão e baixa qualidade de vida.
Entre os demais achados da pesquisa, verificou-se também que a prevalência da DTM em adolescentes brasileiros é significativamente maior no sexo feminino, por conta da relação com a questão hormonal.
Segundo a Dra. Karla Costa, a sensação exagerada de dor, observada nos pacientes, pode estar relacionada à tendência destes pacientes ficarem facilmente frustrados, irritados e ansiosos, e como consequência contribui para diminuição da qualidade de vida e do sono. “Nos resultados apresentados neste estudo, a maioria dos adolescentes com DTM demonstrou ser maus dormidores, o mesmo ocorreu com relação à sonolência, em que a maioria apresentou como sendo moderada a grave. As alterações na qualidade do sono noturno, como insônia e distúrbios respiratórios do sono, podem colaborar com o aumento de episódios de sonolência diurna em adolescentes”, explicou a doutora.
Por fim, o presente estudo concluiu que os adolescentes que apresentam um sono perturbado e maior sofrimento psicológico, também apresentam mais sintomas relacionados à DTM, o que confirma a correlação entre a DTM e a baixa qualidade de vida.
Sobre o Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic
O Instituto e Centro de Pesquisas São Leopoldo Mandic, em Campinas, foi constituído em janeiro de 2008, sem fins lucrativos, para realizar pesquisas científicas na área de saúde. Iniciou com pesquisas na área odontológica, expandiu para a área de saúde, além do desenvolvimento de novas tecnologias, produção e divulgação de informações e conhecimentos técnico-científicos, fomento à capacitação e treinamento de pesquisadores.
Conta com laboratórios de Cultura de Células, Microbiologia, Ensaio de Materiais, Patologia e Imunohistoquímica, Biologia Molecular e Terapia Celular, todos equipados com recursos de última geração. Até dezembro de 2018, foram 981 artigos publicados em revistas científicas indexadas em diferentes bases de dados, como PubMed e Scielo. O Laboratório de Patologia emitiu, gratuitamente, mais de 24 mil laudos de biópsias provenientes de tecidos da região da cabeça e pescoço, sendo 1.542 de carcinomas e 125 de neoplasias malignas.
Os recursos financeiros do Instituto de Pesquisas São Leopoldo Mandic são obtidos por meio de parcerias e convênios, financiamentos de órgãos públicos, contribuição de associados e terceiros e recebimento de patentes. Dentre os principais parceiros, destacam-se CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).