Um estudo feito em ratos por pesquisadores da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP) sobre os efeitos do ácido linoléico conjugado (CLA, na sigla em inglês) no emagrecimento e aumento de massa magra (músculo) verificou sua eficácia apenas nas fêmeas submetidas às atividades físicas. Segundo informações da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), o trabalho avaliou o efeito da suplementação com o CLA sobre a composição corporal.
No Departamento de Agroindústria, Alimento e Nutrição da Esalq foram avaliados os efeitos de uma dieta contendo 0,5% do CLA em 64 ratos, sendo 32 fêmeas e 32 machos, divididos em grupos com atividades físicas e sedentários. Segundo a pesquisa, a realização de atividade física entre os grupos de ratos suplementados com CLA foi responsável por uma redução de 15% na comparação com os grupos sedentários. Para o grupo sedentário não houve contribuição para transformar gordura em músculo.
"Um dos motivos do uso de CLA ter sido mais significativo em fêmeas é que elas são menores que os machos e podem ganhar mais gordura e energia. A concentração de gordura no ganho de peso tende a elevar-se à medida que os animais ficam mais adultos e mais pesados, o que acarreta aumento nas exigências de energia pelo metabolismo", disse a professora da Esalq e coordenadora do estudo, Jocelem Mastrodi Salgado. Em humanos, por não haver comprovação da segurança de uso e eficácia, o CLA não é permitido em alimentos no Brasil desde 2007, destaca a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).