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Jornal Cidade (Rio Claro, SP) online

Pesquisa médica na USP cresceu 300% em dez anos

Publicado em 02 outubro 2010

Alterações genéticas associadas à evolução do câncer; a detecção precoce de tumores; as perspectivas do uso do genoma humano; as doenças do envelhecimento e as provocadas pela vida urbana são alguns temas tratados no Simpósio Avanços em Pesquisas Médicas, que acontece nos próximos dias 30/09 e 1º/10, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. Com apresentação de cerca de 650 pesquisas, 900 inscritos e três convidados estrangeiros, o evento foi organizado pelos Laboratórios de Investigação Médica (LIMs) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

Criado no final da década de 60, o Instituto dos LIMs é considerado o maior centro de pesquisa médica da América Latina, com 62 laboratórios e 200 grupos de pesquisas. Nos últimos 10 anos, o número de pesquisas cresceu 300%, o de artigos científicos aumentou em 400% e o de teses de doutorado dobrou. A captação de recursos das agências de fomento pulou de R$ 8,5 milhões para R$ 34,7 milhões.

"Este avanço é resultado da consolidação do modelo Fapesp de financiamento à pesquisa, do aumento dos recursos para investimento em ciência e tecnologia no País e da qualidade do aluno que vem estudar em nossos cursos na área médica", aponta José Eluf Neto, diretor-executivo do LIM.

Objetivo do evento foi divulgar os principais estudos e promover a integração dos grupos de pesquisas. Em 2000, foram desenvolvidas 29 pesquisas colaborativas entre dois ou mais laboratórios. Em 2008, o número chegou a 191. "O que demonstra que a medicina pesquisada na USP está cada vez mais multidisciplinar", enfatiza o professor Geraldo Busatto Filho, que preside a comissão organizadora do Simpósio.

Outra meta foi impulsionar a transferência de conhecimento gerado na USP em benefício dos pacientes atendidos no Hospital das Clínicas. "O Brasil ainda tem dificuldade de transformar ciência em patentes, mas já há muitos procedimentos sendo aplicados na prática clínica, baseados em critérios rígidos de avaliação", afirma Eluf.