SÃO PAULO - A Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado (Sdect) apresenta as conclusões do "mapeamento das incubadoras de empresas de base tecnológica do Estado de São Paulo" durante a 2ª Exposição e Conferência de Inovação e Empreendedorismo de Base Tecnológica (Expocietec), hoje, na sede da FecomercioSP, na capital. O estudo tem como objetivo identificar e conhecer a situação atual dos empreendimentos.
Realizado em seis meses, o mapeamento foi preparado pela Fundação de Apoio à Universidade de São Paulo (Fusp) e pela equipe da Faculdade de Economia e Administração (FEA) da USP. A Sdect investiu R$ 300 mil no projeto.
O relatório identificou 34 incubadoras de base tecnológica paulistas, responsáveis por abrigar 461 empresas, somando 525 módulos. Os empreendimentos possuem 33.000 m² de área construída, dos quais 27.090 m² são destinados aos módulos. A localização revela que 57,6% estão situadas a menos de 160 km da capital, estando presente em 12 das 15 regiões administrativas do estado.
Em média, as iniciativas possuem 17 empresas incubadas, com exceção do Centro de Inovação, Empreendedorismo e Tecnologia (Cietec), que exibe números maiores. A autossustentabilidade foi o maior desafio identificado no estudo. Órgão vinculado à pasta, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) destacou-se como principal fonte de recurso de apoio à inovação, sendo acessada por cerca de 30% dos empreendedores.
De acordo com o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Rodrigo Garcia, o mapeamento permitirá a sugestão de propostas para a sustentabilidade das iniciativas. "Vamos fortalecer programas como a Rede Paulista de Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica, para estimular a troca de experiências e promover a inserção das empresas nas cadeias produtivas", explicou.
O levantamento apresentou as principais características dos empreendimentos, como o financiamento de suas operações, o grau de maturidade e sua capacidade de produzir inovação. Entre os dados avaliados estão o número de empresas graduadas, o segmento de atuação, o faturamento, o índice de sobrevivência, o número de empregos criados e o valor dos impostos gerados. A metodologia envolveu entrevistas com os gestores de incubadoras, além de questionários para os empreendedores.
A partir dos resultados, a Sdect irá propor políticas para o setor. "O diagnóstico serviu para conhecermos a realidade do empreendedorismo inovador em nosso estado e nos ajudará a planejar ações para que o setor cresça cada vez mais", explica Marcos Cintra, subsecretário de Ciência e Tecnologia.
Segundo os dados da pesquisa (as respostas do Cietec foram tratadas à parte), 86,5% dos sócios entrevistados têm ensino superior; 26,8% são doutores ou pós-doutores; 29,3% dos sócios são oriundos da área de ciências exatas; 36,2% são da área de engenharia; 41% têm 10 ou mais anos de experiência; 91,9% tiveram faturamento em 2012 de microempresa; 70,3% não atingiram a fase do equilíbrio financeiro; 59,5% reconhecem que o relacionamento da incubadora com atores externos traz benefícios às empresas.
No Cietec, por sua vez, 89,3% dos sócios entrevistados têm ensino superior; 22,6% são doutores ou pós-doutores; 27,7% dos sócios são oriundos da área de ciências exatas; 39,8% são da área de engenharia; 67,1% têm 10 ou mais anos de experiência; 88% tiveram faturamento em 2012 de microempresa; 65% não atingiram a fase do equilíbrio financeiro; 63% reconhecem que o relacionamento da incubadora com atores externos traz benefícios às empresas.
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