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Pesquisa inédita traz esperança na na descoberta da cura do mal de Chagas

Publicado em 17 outubro 2010

Uma pesquisa desenvolvida no Instituto de Química da Universidade de São Paulo (USP) de São Carlos dá esperança de se descobrir a cura do mal de Chagas.

Os pesquisadores identificaram e mapearam a estrutura de moléculas que podem prejudicar a produção de uma enzima do parasita Trypanosoma cruzi, causador da doença. As moléculas descobertas podem interferir e interromper o ciclo de vida do parasita.

Segundo a pesquisadora Juliana Cheleski, que fez o estudo, concluído no último mês, o tempo necessário até a produção de medicamentos que atuem contra o parasita, é de, pelo menos, sete anos.

A pesquisadora faz a estimativa em um cenário em que todos os próximos estágios da pesquisa ocorram sem interrupção. "Na média, leva de 10 a quinze anos. Ou menos, cerca de sete anos, depende de quanto dinheiro vem".

A pesquisa foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). A próxima fase da pesquisa serão os ensaios sobre toxicidade. O estudo feito até agora teve duração de dois anos.

Por seu ineditismo, a pesquisa ganhou o prêmio Sunset Molecular no 18º European Symposium on Quantitative Structure-Activity Relationships, congresso internacional ocorrido na Grécia em setembro.