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Pesquisa fará inventário do patrimônio ferroviário federal (1 notícias)

Publicado em 01 de julho de 2009

Por Jonas Gonçalves

O arquiteto Luiz Antonio Nigro Falcoski, ex-secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, é o coordenador científico de um levantamento que visa a realizar um inventário do patrimônio ferroviário federal não operacional no Estado de São Paulo. Falcoski, que é professor do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), afirma que "são quase 200 municípios de diferentes regiões envolvidos".

Segundo ele, "a UFSCar realiza a coordenação do projeto, que tem o apoio de outras universidades, como a Unesp de Araraquara e a Unicamp, além da Rede Ferroviária Federal e da Gerência Regional de Patrimônio da União em São Paulo".

A primeira fase do levantamento, cujo objetivo foi elaborar a metodologia que será utilizada, foi iniciada em junho de 2008 e concluída em fevereiro deste ano. Segundo Falcoski, o projeto teve o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). "Foram investidos R$ 50 mil na primeira fase. A segunda etapa, que deve durar dois anos, está avaliada em R$ 300 mil. O projeto já foi encaminhado à Fapesp e estamos aguardando uma resposta", informa.

Inventário

O projeto prevê, além do inventário do patrimônio, uma pesquisa sobre os índices socioeconômicos das cidades envolvidas e a análise dos respectivos Planos Diretores. "O foco principal é elaborar uma política de gestão desse patrimônio para cumprimento de funções sociais. No caso de Araraquara, por exemplo, com o projeto da nova orla ferroviária, seria interessante ter critérios sobre como os espaços anteriormente ocupados pela malha federal poderão ser aproveitados em benefício da comunidade", explica.

O arquiteto conta ainda que já apresentou o projeto de pesquisa ao prefeito Marcelo Barbieri (PMDB) e a outros prefeitos de cidades da região (São Carlos, Matão, Américo Brasiliense e Ibaté). "O prefeito Marcelo Barbieri já demonstrou interesse pela iniciativa", conta. Na área das regiões de Araraquara e São José do Rio Preto, a coordenação do levantamento ficou a cargo da Unesp de Araraquara.