A administração que assumirá os destinos de Minas no ano que vem tem solenes compromissos com o eleitorado; mais do que isso, com o próprio desenvolvimento dessa grave responsabilidade, seria outro o nível de satisfação dos povos e mais saudável o espírito que deve prevalecer na sociedade. Aqui ou em qualquer parte do planeta.
O futuro compreende pressupostos básicos; educação, saúde, segurança, comunicação, habitação, emprego, saneamento, por exemplo, embora tudo dependa de recursos, para os quais, aliás, jamais faltou a contribuição do cidadão, mesmo _ enfrentando uma imensidão de sacrifícios. Sangue, suor e lágrimas, diria Churchill.
Os verbos esquecer e relegar são, na prática, muito conjugados depois de ultrapassado o período eleitoral e os escolhidos guindados a seus postos. Exatamente aí está uma das causas do desprestígio da classe política e da falta de esperança que se estende a todos as camadas da população. Eis o que precisa ser mudado. O cidadão tem de confiar no candidato período de 1995 a 1998 haviam sido investidos na Faperj mais de R$ 88 milhões. Também no Rio, em 1999,2000 e 2001 e montante foi superior a R$ 230 milhões.
É uma diferença assás notável. O fato refletiria, como refletiu, na própria formação de pesquisadores, constatando-se presentemente que seu número cadastrado em São Paulo é de 15.129; 7348 no Rio de Janeiro; e 4368 em Minas Gerais. O investimento por pesquisador também merece consideração. A média anual, nos últimos três anos, revela que a Fapesp pagou Cr$ 37.294; a Faperj R$ 7.842, e a Fapemig R$ 5.082.
No momento em que se aguarda a eleição e a posse, em janeiro, do futuro governador, é imprescindível que se atente para a situação, procurando revertê-la, em nome do futuro. Aliás, em termos de recursos para a pesquisa, Minas tem falhado sistematicamente, inclusive no que tange ao pagamento devido à entidade encarregada dos programas da área.
É lamentável e não estou querendo atribuir responsabilidade a quem quer que seja. Cito apenas fatos e realidades, que precisam ser analisadas e cuidadas pelo futuro Governo. Realço, assim, que os repasses devidos, por força da Constituição estadual de 1989 e da Emenda Constitucional n° 17, de 1995, destinando 1% da receita líquida ordinária do Estado à Fundação que mereceu seu voto, depois que ele segura as rédeas do Governa Estou a de Amparo à Pesquisa, nunca foram cumpridos por diferentes governos, o referir-me a estes fatos porque assisti a exposição, feita no Programa de Pós-Graduação e Pesquisa da Santa Casa de Belo Horizonte, pelo professor José Geraldo de Freitas Drumond, presidente da Fapemig, e me impressionaram os números que então ele transmitiu sobre investimentos nessa área pelo rjpder público estadual.
A Assim, nos exercícios de 1999, 2000 e 2001, enquanto São Paulo destinou R$ 1,7 bilhão, em números redondos, FAPESP Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, a Fapemig, congênere mineira, teve de contentar-se (ou descontentar-se) com R$ 66,6 milhões. Mesmo o Rio de Janeiro esteve acima, em termos de recursos, à entidade fluminense, pois no que se retrata no desempenho da área de pesquisa, que - em minha opinião - muito emprende em favor de Minas e do desenvolvimento.
Leio no relatório das atividades da Fapemig, relativo a 2001, que o primeiro ano do novo século trouxe alenta com perspectivas bastante otimistas para a pesquisa em Minas Gerais. Caberá à futura administração não frustrar os horizontes que então se vislumbravam. O Governo que se empossará será também o primeiro que começa a marchar no novo tempo. Há muito a fazer e os compromissos assumidos serão cobrados.
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